Política Quarta-Feira, 11 de Dezembro de 2024, 18h:10 | Atualizado:

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RAGNATELA

Juiz lembra liberdade por HC e mantém tornozeleira em vereador por Cuiabá

Magistrado explica que PH tem nome em planilha de facção

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve a tornozeleira eletrônica no vereador Paulo Henrique (MDB). Na decisão, o magistrado negou um pedido da defesa do parlamentar e destacou a atuação do emedebista na organização criminosa que foi alvo da Operação Ragnatela.

Paulo Henrique é réu por lavagem de dinheiro e envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. O parlamentar foi preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Pubblicare no dia 20 de setembro, desdobramento da Operação Ragnatela, que investiga a influência de Paulo Henrique na liberação de licenças na Prefeitura de Cuiabá e sua ligação com a facção.

Investigação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-MT) aponta que o legislador cooptava servidores públicos para atuar em prol do Comando Vermelho em Mato Grosso. O parlamentar inclusive se reuniu com vários membros da organização, entre eles Joadir Alves Gonçalves, conhecido como "Jogador" e uma liderança forte no Estado e que foi preso no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, durante a primeira fase da ação.

Na decisão, o magistrado apontou que as medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica, já se configuram como benefícios ao parlamentar, em razão da revogação do decreto prisional, inexistindo prazo para vigência do monitoramento. O juiz detalhou ainda que a situação do vereador é diferente da dos outros réus.

Segundo o magistrado, Paulo Henrique atuava de forma mais contundente, figurando, em tese, como intermediador entre os investigados da primeira fase da operação e os fiscais, se utilizando até mesmo do tio de sua esposa, José Márcio Ambrósio Vieira, para recebimento dos valores aferidos com o crime de corrupção. Também há nos autos indícios de que o vereador manteve contato direto com o suposto líder do grupo criminoso, Joadir Alves Gonçalves, o “Jogador”, e Willian Aparecido da Costa Pereira, o “Gordão”, para reverter uma aparente punição aplicada pelo Comando Vermelho ao assessor parlamentar Rodrigo de Souza Leal.

Foram identificadas ainda transações financeiras entre Paulo Henrique e as empresas Expresso Lava Car, Complexo Beira Rio Eventos e Dallas Bar registradas em nome de Willian Aparecido, bem como provenientes da empresa Dom Carmindo, aparentemente utilizada por Rodrigo de Souza Leal para lavagem de dinheiro.

“Ainda, Paulo Henrique teria se utilizado das contas do Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização de Cuiabá (Sindarf), sindicato do qual era presidente, para recebimento das vantagens ilícitas recebidas do grupo criminoso, constando o vulgo “vereador” nas tabelas de despesas correntes dos eventos por eles realizados. Ante o exposto, indefiro o pedido de revogação das medidas cautelares aplicadas em desfavor de Paulo Henrique de Figueiredo”, diz a decisão.





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