O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), atribuiu ao ex-presidente do legislativo, vereador João Emanuel, as denúncias de que autorizou, por meio de três projetos, uma suplementação de R$ 365 milhões a prefeitura de Cuiabá. Os projetos teriam sido aprovados sem os ritos adequados, como os pareceres das comissões e sem a apreciação do plenário.

De acordo com Júlio Pinheiro, o ex-presidente da Casa montou um dossiê contra sua gestão anterior, entre 2011 e 2012. Ele citou o caso do aumento da alíquota do IPTU, que João Emanuel o acusou de não ter obedecido todos os ritos. “Este tipo de coisa não vem de hoje. Vem desde fevereiro, quando o vereador Joaõ Emanuel elaborou um dossiê contra minha pessoa”, assinalou.

O presidente da Câmara revelou que apresentou todos os documentos relativos aos processos apresentados como “fraudados” aos demais vereadores. Segundo ele, nas explicações ficou comprovado que todos os processos obedeceram todo o processo legal. “Estão todos 100% corretos. Inclusive, com os pareceres das comissões”, completou.

Júlio Pinheiro descartou “abrir” os processos questionados a imprensa e a população. “Não vou ficar me justificando. Devo explicação aos meus pares”, afirmou.

O petebista ainda anunciou que processará os veículos de imprensa que divulgaram as denúncias contra sua gestão.

CASSAÇÃO

Antes de encerrar a sessão, Júlio Pinheiro deixou pré-convocada uma sessão extraordinária para esta quarta-feira com a possível votação da cassação de João Emanuel. Ele espera que o Tribunal de Justiça reverta a decisão da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, que suspendeu a sessão marcada para a última terça-feira.

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