Política Terça-Feira, 23 de Setembro de 2014, 15h:33 | Atualizado:

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Justiça Eleitoral conclui treinamento de técnicos de satélite em MT

 

Da Redação

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Técnicos que trabalharão nas eleições 2014 como operadores de transmissão de dados nas regiões mais remotas do Estado encerraram o treinamento que os qualificou para atender áreas rurais e aldeias indígenas que não contam com o serviço de internet ou telefonia. Os profissionais são responsáveis por transmitir, via satélite, os dados das urnas eletrônicas à Justiça Eleitoral. Este ano Mato Grosso utilizará 95 Bgans, que são equipamentos de transmissão disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para utilização em regiões distantes e de difícil acesso. O uso dos Bgans proporciona condições para que a totalização dos votos ocorra no mesmo dia das Eleições.

Os profissionais que atuarão em regiões de difícil acesso acumularão a função de técnicos de satélite e de urna. Sem os equipamentos de transmissão de dados seria impossível fechar a apuração das eleições no mesmo dia, já que em alguns locais o transporte das urnas de volta às zonas eleitorais pode levar até dois dias. As áreas que receberão os aparelhos foram selecionadas por meio de levantamento feitos pelos cartórios eleitorais, que mapearam a logística de transmissão. Os chefes de cartórios são os responsáveis por receber o aparelho, repassá-lo ao técnico e traçar a rota de transporte de ida e volta do profissional ao seu ponto de trabalho.

Os Bgans são equipamentos pequenos e flexíveis que permitem a transmissão simultânea de dados e voz, funcionando conectado ao satélite (como uma antena).Finalizada a votação, a mídia de resultado (uma espécie de pen drive) é retirada da urna eletrônica e transmitida via satélite ao TSE, em Brasília, que identifica o Estado de origem e transfere o boletim de urna para o respectivo Tribunal Regional. Dos 95 aparelhos cedidos a Mato Grosso, 94 serão colocados em funcionamento e um ficará de reserva para uma eventual necessidade de troca.

Para preencher o cargo de técnico de satélite, que não é voluntário, o requisitado assina um contrato temporário e precisa atender a certas exigências. É importante que ele tenha conhecimento em tecnologia, saiba manusear bem o computador e entenda o funcionamento de softwares. O local onde cada técnico será mandado depende de sua experiência. “Os que já trabalharam em outras eleições e conhecem bem os equipamentos serão preferencialmente deslocados para áreas mais complicadas, como as regiões de conflitos, glebas e tribos indígenas”, explica Fábio Curty de Mesquita, analista judiciário de apoio de sistemas do TRE-MT.

Treinamento

O treinamento foi dividido em aulas teóricas e testes de campo que abrangeram instruções sobre as urnas eletrônicas, funcionamento dos Bgans e o manuseio do programa de transmissão.  Os monitores também traçaram uma avaliação de perfil, analisando cuidadosamente os que tem as características adequadas para o cargo. Segundo Fabio Curty, os profissionais que não se encaixaram no perfil exigido serão substituídos por outros que fazem parte de uma lista de reserva. “A avaliação é criteriosa. É preciso muita atenção para entender como funciona o equipamento. Ficamos atentos ao comportamento do técnico principalmente no teste prático. O profissional tem que saber se adequar às crises, ter calma em situações inesperadas, ter jogo de cintura e não se desesperar em momentos de pressão”.

Os técnicos de satélite foram divididos em duas turmas de capacitação, com duração de três dias para cada grupo. O treinamento aconteceu na Casa da Democracia e contou com a participação tanto de novatos como de profissionais experientes. Carlos Roberto Bertucine exercerá a função pela 5ª vez. O assistente técnico trabalhará em uma zona rural do município de Cotriguaçu e mesmo com toda a experiência fez questão de participar das aulas. “É um sistema que não faz parte do nosso dia a dia, não é corriqueiro. Como as eleições acontecem a cada dois anos, é importante para relembrar os detalhes e aprender as novas tecnologias”. O técnico de satélite destaca ainda que a tecnologia do Bgan é inovadora. Na avaliação dele, o aparelho melhora, agiliza e facilita o trabalho no dia das Eleições. Com a autoridade de quem já participou de tantas eleições, Carlos Roberto garante: “Quem participa do treinamento está apto a trabalhar com todos os programas do equipamento. Sai pronto para chegar no dia e exercer suas funções”. 

O estudante de Engenharia de Petróleo Maycon Menegatti trabalhará pela primeira vez na transmissão de dados prestando serviços para a região do Araguaia. “O treinamento foi bem detalhado. É a primeira vez que participo e entendi bem como funciona o equipamento. A experiência me ajudará muito profissionalmente, ser técnico será uma ótima oportunidade para o aprendizado”.

Cuiabá, junto com Manaus, foram as duas capitais designadas pelo TSE para oferecer capacitação para os monitores que treinarão os técnicos de satélite pelo país. Servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais de Minas Gerais e Maranhão que atuarão como multiplicadores de conhecimento participaram do treinamento oferecido pelo TRE-MT no dia 12 de setembro. Mato Grosso é o terceiro Estado com o maior uso de Bgans no país, com um total de 95 aparelhos, ficando atrás do Amazonas (380) e Pará (337).

 

 





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