Mendonça: derrota jurídica
O juiz da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, Jefferon Schneider, negou anteontem os pedidos feitos pelos empresários Valdir Agostinho Piran e Fernando Mendonça França para devolução de documentos apreendidos durante a quarta fase da "Operação Ararath". A ação aconteceu no dia 22 de fevereiro e os empresários tiveram imóveis ocupados por agentes da Polícia Federal em cumprimento de mandados de busca e apreensão de documentos.
Piran ingressou no dia 19 de março com pedido de restituição das coisas. No entanto, somente no dia 20, data em que justamente foi deflagrada a quinta fase da "Operação Ararath", o magistrado federal se posicionou negando a entrega dos papéis. Além da pessoa física, houve apreensões nas empresas Piran Sociedade e Fomento Mercantil e Piran Participações e Investimentos com sedes em Cuiabá e Brasília (DF).
Já Fernando Mendonça também teve imóveis ocupados em busca de documentos importantes para o processo de investigação de fraudes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Ele contratou uma equipe de 14 advogados chefiados pelo ex-procurador federal José Roberto de Figueiredo Santoro para tentar recuperar os dados. Todavia, ele teve o pedido recusado no dia 20.
Tanto para Piran quanto para Mendonça, Jeferson Schneider considerou os pedidos "incidente e improcedente". A decisão do magistrado, segundo fontes da Justiça Federal, seria para que a Polícia Federal aprofundasse com maior tranquilidade nos documentos apreendidos que devem provocar novas fases da operação que abala as estruturas do poder em Mato Grosso.
No dia a operação em que Piran e Mendonça foram alvos, a própria Polícia Federal divulgou apreendeu em casas de alvos R$ 124 milhões em cheques e notas promissórias. Os dois empresários que tiveram recursos negados são conhecidos por atuarem no mercado de fomento mercantil.
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