Política Segunda-Feira, 08 de Janeiro de 2018, 18h:45 | Atualizado:

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ACORDO NA ARARATH

Justiça suspende ação contra réu que ajudou em "lavagem" de R$ 1,1 milhão em MT

Simulação de venda de fazenda tentou legalizar repasse para membros do partido

Da Redação

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A Justiça Federal de Mato Grosso determinou a suspensão condicional – uma espécie de acordo realizado entre o Poder Judiciário e os réus de ações que preveem penas de menos de 1 ano de reclusão, e que substituiu a prisão em caso de condenação -, em benefício de José Gonçalo Ribeiro de Miranda, acusado de tentar favorecer o Movimento Democrático Brasileiro (MDB, antigo PMDB) no pagamento de R$ 1,1 milhão à sigla. Os recursos teriam origem numa lavagem de dinheiro investigada na "Operação Ararath", iniciada em 2013 e que já teve 15 fases em Mato Grosso. 

As informações são do Olhar Direto. Segundo a reportagem, as condições para a suspensão não foram detalhadas no despacho judicial, porém, José Gonçalo passará por um "período de prova" entre 2 e 4 anos.

O processo é um das ações decorrentes da Ararath, que investiga crimes contra a ordem financeira que somam R$ 500 milhões. Esta ação, em específico, descreve as relações entre o ex-secretário de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Eder de Moraes, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, a Hidrapar Engenharia, além do escritório “Advocacia Tocantins”, dos irmãos Kleber e Alex Tocantins.

Segundo os autos, Silval havia tomado empréstimos por meio de uma “factoring” e que Eder de Moraes, então à frente da Sefaz-MT, seria o responsável pelo pagamento da dívida. Eder de Moraes é acusado de receber uma propina de R$ 5,25 milhões, proposta pelos advogados da Hidrapar Engenharia Civil, entre eles, Alex Tocantins e Klér Tocantis.

A empresa possuía um precatório com o Governo de Mato Grosso de R$ 19 milhões. O Estado, que segue um cronograma para realizar os pagamentos, teria sido enganado pelo então secretário da Sefaz-MT, o próprio Eder, que “furou a fila” para receber a propina e autorizar a quitação do débito.

A manobra visava o pagamento de propina para quitar a dívida do ex-governador com a factoring. Dos R$ 19 milhões pagos pelo Estado, R$ 5,25 milhões foram transferidos para a Globo Fomento – factoring que cobrava dívidas de Silval Barbosa.

Outros R$ 12 milhões teriam sido repassados a advocacia Tocantins e o restante, R$ 1,75 milhão, ficou com a Hidrapar, a credora inicial da dívida. De acordo com as investigações, parte destes recursos precisariam ser depositados no PMDB.

O tesoureiro da sigla, Carlos Roberto Miranda, então, falsificou um contrato de gaveta com a ajuda de seus irmãos, Edson Ribeiro de Miranda e José Gonçalo de Miranda, que simulava a venda de uma propriedade rural em Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá) para a Advocacia Tocantins. Com a justificativa de venda fictícia, os irmãos Tocantins, então, depositaram o R$ 1,1 milhão na conta da mãe de Carlos Roberto de Miranda, tornando os recursos acessíveis ao PMDB.

 





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