Suplente José Aparecido dos Santos (PR) assume vaga por quatro meses
O cenário político de Mato Grosso começa a sofrer uma nova reviravolta que pode aletar por completo as composições partidárias. Percebendo o esvaziamento de sua influência política, o senador Blairo Maggi (PR) começa a reavaliar a possibilidade de concorrer pela terceira vez ao governo do Estado.
O republicano sairá de licença pelo período de 121 dias o que servirá para contemplar o suplente José Aparecido dos Santos, o Cidinho (PR), com 4 meses de mandato, Maggi aproveitará o tempo afastado do cargo de senador para se dedicar as atividades políticas partidárias.
Os motivos que tem levado Maggi a repensar o projeto político são a pressão da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja candidato e consiga garantir o tão sonhado palanque que una forças políticas e garanta ao PT a vitória em um Estado considerado um dos expoentes do agronegócio.
Outro fator que tem levado Maggi a dar início a rearticulação para ser candidato novamente ao governo do Estado é a falta de espaço e influência no cenário político. Ao entender que se afastando de todo o processo para as composições políticas como tem feito nos últimos meses, a situação poderia se agravar ainda mais, gerando um cenário desfavorável à sua liderança política em Mato Grosso.
Todo processo de articulação já comunicado as lideranças mato-grossenses do PMDB e PR. Apesar disso, Maggi avalia que ainda não é o momento certo de intensificar o diálogo com as lideranças partidárias. Por isso, já avisou que vai avaliar sua participação nas reuniões dos partidos da base aliada somente após o Carnaval. Os partidos que compõem a base aliada do governo do Estado, composta pelo PT-PMDB-PR-PSD-PP-PROS, PCdoB e que conta recentemente com a adesão do PRB e PSC, tem se reunido nas últimas semanas para avaliar o cenário político e firmaram o consenso de que pesquisas quantitativas e qualitativas servirão de critério para a escolha do candidato pelo grupo da situação.
Apesar da filiação do juiz federal Julier Sebastião ser considerada como certa no PT para concorrer ao governo do Estado, o projeto de Maggi representaria um balde de água fria nas pretensões do magistrado. O caminho mais provável ao magistrado seria viabilizar sua candidatura ao Senado ou até mesmo ser candidato a vice-governador para compor uma chapa que possa confrontar o discurso de bandeira ética e moralista na política defendido pelo provável candidato da oposição, senador Pedro Taques (PDT).