Montagem
A Polícia Federal deve colher depoimento do senador Blairo Maggi (PR) como parte da Operação Ararath. Apesar de não confirmado por nenhuma autoridade da PF, as investigações que basearam a quinta fase da Operação chegaram ao nome do ex-governador. “O problema é com Blairo Maggi e Éder Moraes”, declarou o advogado Otacílio Peron.
Apesar de não ter confirmado nenhum mandado contra o senador, que está na Europa, o advogado acredita que Maggi deve ser convocado pela Polícia Federal prestar esclarecimentos. “Não sei, os delegados são de fora e não prestaram muitas informações, mas eles devem ouvir o Blairo”, assinalou o advogado Otacílio Peron, que defende a empresa Dymak Máquinas.
Peron afirmou que os documentos apreendidos de seus clientes tratam de uma aquisição de máquinas e equipamentos feita pelo Governo do Estado no ano de 2007 durante a gestão do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR). Portanto, a ação de hoje tem relação assim como “Escândalo dos Maquinários” que provocou um prejuízo de R$ 44 milhões aos cofres públicos do Estado, em 2010.
Sobre os motivos das investigações contra os clientes, Peron disse que várias empresas de máquinas agrícolas fizeram empréstimos junto ao Bic Banco, no ano de 2007. O ex-secretário Éder Moraes foi gerente antes de assumir cargo no Governo do Estado.“Estado comprou grande quantidade de máquinas e as empresas tiveram que pegar dinheiro nos bancos para pagar os fornecedores”, explicou Otacílio.
FIANÇA A EMPRÉSTIMOS
A decisão do juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, também cita envolvimento direto de Maggi nas operações do Bic Banco. De acordo com a decisão, o ex-governador emitiu cartas de fiança para que empresários levantassem grandes valores junto a instituição bancária.
deflagrada na manhã desta terça-feira, a quinta fase da Operação Ararath cumpre dezenas de mandados e busca e apreensão, condução coercitiva e ainda de prisões. Entre os detidos estão o próprio Éder Moraes e o deputado estadual José Riva (PSD). Eles estão na sede da Polícia Federal em Cuiabá e serão transferidos ainda nesta terça-feira para Brasília.
Desde as primeiras horas da manhã de hoje, agentes da Polícia Federal ainda cumprem mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, Palácio Paiaguás, prefeitura de Cuiabá e até na casa do governador Silval Barbosa (PMDB).
A Operação foi deflagrada baseada em duas decisões. Uma é do STF (Supremo Tribunal Federal), do ministro Dias Tóffili, e outra o juiz federal da 5ª Vara de Cuiabá, Jeferson Schneider.
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