Manobra adiou a votação da Moção de Repúdio contra o vereador e candidato à reeleição em Brasnorte (587 km de Cuiabá), Reginaldo Carreirinha (MDB), que afirmou que mulheres e homens da cidade são “quengas, cornos e emocionados”. O documento seria apreciado na sessão de segunda-feira (30), mas foi retirado da pauta por conta de um pedido de vista.
Durante as discussões, diversas mulheres compareceram ao plenário para protestar contra a atitude do parlamentar, que chegou a ser vaiado ao utilizar a tribuna. Também houve bate-boca entre a autora do repúdio, vereadora Célia Poletto (PL), e Carreirinha.
“O vereador tem que ter pauta, trabalho prestado e não ficar em grupos de WhatsApp com falácias da vida particular das pessoas. Por que o senhor não usa a tribuna para falar o que o senhor trouxe para Brasnorte? Só usa a tribuna para atacar as pessoas”, pontuou a liberal.
A Moção de Repúdio deveria ser apreciada na sessão do dia 20 de outubro, mas foi adida por conta de um pedido de vista do próprio Carreirinha. Já nessa desta segunda, o vereador Evanildo Rikbakta (União), fez o mesmo pedido, deixando a votação para depois das eleições.
Além disso, iria ser cedido um momento da sessão para que mulheres pudessem utilizar a tribuna para se manifestar sobre o ocorrido. No entanto, o espaço não foi autorizado após um parecer da corregedoria da própria Casa de Leis. Em meio aos embates, Carreirinha disse ter sido mal interpretado e reforçou que “quengas, cornos e emocionados” seriam os apoiadores e apoiadoras do candidato a prefeito Eric Fantin (PL), que teve um vídeo íntimo vazado na cidade.
“Vou explicar mais uma vez para as pessoas que não conseguiram me interpretar. Eu não seria imbecil de falar que todas as mulheres de Brasnorte seria isso. O que eu disse é sobre o delegado. Não estou falando para as mulheres de honra, eu estava falando sobre ele [Eric], sobre as mulher que sai com ele”, disse ao tentar se justificar.