Mauro alerta que EP cria "cortina de fumaça" com denúncias

 

O governador Mauro Mendes (União Brasil) considerou que as denúncias do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre uma suposta irregularidade de R$ 183 milhões no Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde, que administra a Pasta Municipal, não passam de uma "cortina de fumaça" para tirar o foco de denúncias de corrupção que miram o gestor da capital do Estado. Mendes citou, inclusive, uma dívida na importância de R$ 165 milhões que a Prefeitura tem com órgãos federais pelo não recolhimento de tributos e contribuições sociais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos servidores públicos da Empresa Cuiabá de Saúde e do Fundo Único Municipal de Educação.

“É obvio que é uma cortina de fumaça. O prefeito usa muita essa estratégia. Ele está no meio de uma acusação real, verdadeira que pode ser analisada e vista por qualquer um que é o desvio de dinheiro que é uma falta de pagamento do FGTS, INSS e esse rombo chega a quase R$ 300 milhões. Então, como estratégia milenar você cria uma confusão. Se é verdade ou mentira, ele não tem preocupação. Ele já cometeu outras irregularidades muito mais graves na prefeitura. O que vem do Palácio Alencastro ou é conversa fiada ou pode saber que é algum tipo de armação para tentar ofuscar as graves denúncias e irregularidades concretas que pairam e que existem sobre a prefeitura”, afirmou Mauro Mendes, em coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (19).  

Na semana retrasada, Emanuel Pinheiro apresentou ao presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União Brasil). Segundo os documentos apresentados por Pinheiro, há indícios de malversação do recurso público que podem levar a um rombo de R$ 186 milhões, uma vez que segundo Pinheiro, diversos pagamentos foram feitos sem contrato.

Além disso, o gestor também acusou a equipe de intervenção de não pagar os passivos trabalhistas e previdenciários.  Dessa forma, o mandatário classificou as declarações de Pinheiro como “levianas”. “Uma acusação leviana. Isso é um crime menor para ele. Eu não posso perder meu tempo. Seguramente o Ministério Público tem que tratar isso porque é grave alguém denúncia e o Ministério Público tem que apurar toda denúncia”, pontuou.

O governador ressaltou que nunca pediu para nenhum servidor cometer qualquer irregularidade e se, eventualmente, algum trabalhador tiver uma conduta errada será responsabilizado. “Eu estou tranquilo porque eu nunca pedi para ninguém fazer absolutamente nada de errado, nunca mandei ninguém fazer nada de errado e confio, até que se prove o contrário, nas equipes que trabalham conosco e eles sabem disso. Alguém que pisar na bola vai ter chumbo na asa”, garantiu.