Mato Grosso é um dos estados que possui uma das menores dívidas com a União. Mesmo assim, o governador Mauro Mendes (UB), avisou que quer o mesmo tratamento que outras unidades federativas possam ter na hora de renegociar seus endividamentos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sejam eles maiores ou menores.
Em entrevista à rádio Jovem Pan News, nesta segunda-feira (25), o gestor também criticou a falta de comprometimento em não cumprir leis e regras criadas. A negociação foi proposta pelos governadores dos estados da região Sudeste e Sul.
Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul preocupam mais. "São estados importantes, chamados ricos da federação, mas que ao longo de muitos anos não fizeram sua lição de casa e dívida é para pagar, se for para ficar enrolando, postergando, e a União, vai criar novas regras em prol de um discurso, narrativa de que vai gerar crescimento e investimento econômico? Isso é lamentável na minha opinião", declarou Mendes.
Para o governador, o endividamento público ao longo dos anos vem aumentando e a conta vai chegar em algum momento para a maioria dos estados endividados e principalmente para o Governo Federal que também tem contas para pagar. "O tempo vai passando e sempre vai se arrumando um jeitinho de postergar, mudar regras e poucos são aqueles que fazem um ajuste fiscal. Ou seja que é gastar menos do que se arrecada", enfatizou.
O endividamento dos estados com a União é devido aos empréstimos diretos feitos pelo Governo Aederal aos ou nas situações em que os estados contratam crédito no mercado financeiro, tendo a União como garantidora. Mato Grosso, de acordo com Mauro Mendes, está em uma situação fiscal equilibrada, com dívida em torno de 10% da corrente líquida, sendo um dos endividamentos mais baixos do Brasil.
"Graças a Deus e ao duro ajuste fiscal que fizemos aqui no começo de 2019 estamos em uma situação muito confortável, é um endividamento pequeno, mas se for flexibilizar regras para quem deve muito tem que flexibilizar também para quem deve pouco, porque não é justo dar um tratamento especial para aqueles que não fizeram a lição de casa e aqueles ques estão fazendo um empenho fiscal mais rigoroso não tem esse tratamento", destacou. "Defendemos que se o Haddad diminuir taxa de juro ou alongar tem que fazer isso para todos, garantindo isonomia e não apenas um privilégio para aqueles que estão com dificuldade", acrescentou.
O chefe do Executivo Estadual citou como exemplo a Lei de Responsabilidade Fiscal criada por seu governo em Mato Grosso como que é mais dura, mais restritiva e que colocou limites no estado porém criticou a banalização de criação de regras e leis que infelizmente não são cumpridas, algo que no futuro trará consequências graves e desastrosas à população. "O grande problema do nosso país é que nos acostumamos a conviver com o problemas. Na segurança pública, não é diferente, na burocracia da administração pública também não e esses problemas vão se arrastando até que um dia a conta chegue para todos. Um país tolerante com essa quebra de regras cria um mecanismo muito perdulário de ineficiência e isso vai trazer graves consequências ao cidadão", encerrou.
justino joaquim santana neto
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 13h22Só observo
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 12h18Adolfo
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 11h13MarceloF
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 10h45dito
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 09h54JP
Segunda-Feira, 25 de Março de 2024, 09h45