O governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil, afirmou que é normal que filiados do partido, como o senador Jayme Campos e o deputado estadual Júlio Campos, tenham comparecido ao encontro promovido pelo PSD do ministro de Lula, Carlos Fávaro, no último sábado (3). O evento também contou com a presença do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
"É natural que os políticos dialoguem e conversem. E, quando uma conversa é pública, é claro que pode gerar algum tipo de especulação. Mas vejo com tranquilidade qualquer movimento feito por qualquer ator político, porque isso faz parte da democracia e não me preocupa", afirmou Mendes nesta segunda-feira (05).
A ida dos irmãos Campos ao evento de Fávaro levantou rumores sobre possíveis mudanças no cenário político, em meio às articulações para as eleições de 2026. Os Campos têm demonstrado insatisfação com o apoio público de Mendes ao seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), na disputa pelo Palácio Paiaguás.
A dupla defende que a decisão seja discutida internamente no partido. Outro fator que complica o cenário é uma possível aliança do União Brasil com o Partido Liberal, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e do prefeito Abílio Brunini, o que poderia afetar os planos de Jayme Campos, que busca a reeleição ou até mesmo o Governo Estadual.
Mendes, porém, negou qualquer imposição dentro do partido. "Não houve nenhuma definição ou imposição. Agora, dar opinião é imposição? Eu não vejo assim. Minha opinião não é uma ordem, assim como a deles também não. É algo natural. Nunca impus nada a ninguém", destacou.
Questionado se teme um possível racha no partido, o governador foi direto e mandou um recado aos correligionários. "Não, não tenho medo disso. As pessoas são livres para escolherem o caminho que considerarem melhor", finalizou.
Saulo
Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 22h22Octavio Augusto Regis de Oliveira
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