O candidato ao governo, Mauro Mendes (DEM), durante o debate na manhã desta sexta-feira (28), na TV Vila Real, Record Mato Grosso, demonstrou a caótica situação em que o Estado se encontra por falta de gestão do governador Pedro Taques (PSDB), rombo nas finanças públicas e os esquemas de corrupção ocorridos nos últimos quatro anos.
Apresentando propostas para colocar novamente o Estado no rumo do crescimento, Mauro lembrou o eleitor que na administração dele na Prefeitura de Cuiabá não foi registrado nenhum caso de corrupção envolvendo secretários ou ele mesmo.
“Durante os quatro anos que estive como prefeito de Cuiabá não há nenhuma denúncia contra mim e meus secretários. Anos atrás fui acusado na Ararath e fui absolvido com parecer da Polícia Federal, do Ministério Público Federa e do juiz. Minha empresa já protocolou pedido para sair da recuperação judicial e nem recebemos terreno do Estado”, afirmou
“O TCE [Tribunal de Contas do Estado] suspendeu uma licitação de pontes em Mato Groso por indícios de superfaturamento de R$ 53 milhões. Meus amigos, é uma mega sena acumulada. Superfaturamento é tentativa de roubar dinheiro público. Isso foi a poucos meses”, destacou
Mauro enumerou também os sete secretários que foram presos durante a atual gestão por envolvimento em esquema de corrupção, como a “Operação Rêmora”, que levou para a cadeia o secretário de Educação, que era filiado ao PSDB, Permínio Pinto. A “Grampolândia Pantaneira” também foi lembrada, com os secretários presos por envolvimento no esquema de grampos ilegais, que levou por duas vezes o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo de Pedro Taques, para a cadeia.
Outro fato de corrupção que foi trazido para o debate, que ocorreu durante a gestão Taques, foi a “Operação Bereré”. Novamente foi lembrado que o braço direito de Pedro Taques, Paulo Taques, foi preso.
Finanças Públicas e Saúde
O caos localizado na saúde pública e nas finanças foram temas de várias perguntas no debate. A situação do Hospital Regional de Rondonópolis foi lembrada. Unidade de saúde que pouco mais de duas semanas registrou um dos piores momentos da sua história, quando choveu dentro do hospital e apareceram ratos e urina. As Unidades de Tratamento Intensivo, as UTIs, fechadas tanto no interior como na capital também foram lembradas.
Já a realidade das finanças públicas do Estado de Mato Grosso geradas na administração Taques, com dívidas que podem ultrapassar R$ 4 bilhões, com atrasos aos fornecedores, prestadores de serviço, Poderes e também a alteração no salário dos servidores públicos, foi gerada, segundo Mauro, pela incapacidade de Taques.
“Os fornecedores estão há mais de oito meses sem receber, assim como os repasses da saúde dos municípios, o salário que era pago todo dia 30 agora foi empurrado para o dia 10. Quando eu fui prefeito de Cuiabá, economizamos, cortamos secretarias e podemos fazer o mesmo em Mato Grosso. Vamos reduzir despesas externas para fazer sobrar dinheiro para a educação, Saúde, infraestrutura”, ponderou.
Com a comprovação dos fatos, coube a Taques apenas atacar o candidato Mauro Mendes, apenas com fatos que nunca tiveram relação com gestão pública. Mauro afirmar que o candidato Taques só busca o ataque pessoal, porque saiu da prefeitura com 80% de aprovação popular, enquanto o governador tem 50% de rejeição.
Propostas
No pouco tempo que Mauro teve para apresentar suas propostas, já que os adversários preferiram ataques pessoais, e não a discussão dos projetos para mudar Mato Grosso, o candidato conseguiu repassar ao eleitor algumas ações que serão realizadas para a saúde pública e lembrou o que realizou na Prefeitura de Cuiabá.
“Os hospitais regionais e os municipais não recebem os repasses obrigatórios, que estão há oito meses atrasados. Vamos regularizar os repasses aos hospitais, garantir médico e remédio. Vamos criar um consórcio para compra de medicamentos de forma centralizada, para que os remédios sejam comprados em grandes lotes direto do laboratório para sair mais barato e não faltar”, destacou.
Mauro ainda lembrou que um dos maiores problemas de MT é relacionado a logística. “Temos que fazer o recurso do Fethab ser corretamente aplicado na infraestrutura. Vamos fazer as PPPs Caipiras [Parceria Pública Privada]. Temos que ter prioridade na Saúde e olharmos sim para as estradas para incentivar o desenvolvimento. Vamos dar prioridade na conclusão da MT 100 na 158, no licenciamento na 174, a 242, vamos trabalhar para que todas as obras em andamento sejam concluídas”, ressaltou.
O candidato também foi questionado pelos adversários sobre as obras que ele fez e deixou em andamento na prefeitura. “Construímos duas Unidades de Pronto Atendimento, deixamos duas em andamento, construímos o Hospital São Benedito, demos o pontapé na obra do Novo Pronto Socorro. Eu não prometi a Orla do Porto e fiz, não prometi Parque das Águas e Tia Nair e fiz, não prometi Hospital São Benedito e fiz, não prometi 21 creches e fiz”, destacou
Jefferson Almeida
Sábado, 29 de Setembro de 2018, 08h10jose alves silva
Sexta-Feira, 28 de Setembro de 2018, 20h21