O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), criticou deputados federal e senadores que derrubaram o veto do presidente Lula (PT) que impedia o aumento do Fundo Partidário em R$ 164,8 milhões. Segundo ele, muitos parlamentares têm olhado apenas para o próprio ‘umbigo’.
“Um absurdo. Não concordo, é desproporcional isso. Nos preocupa o rumo do nosso país em termos de endividamento, em termos de futuro. Todos os setores estão preocupados, falando com o seu umbigo, com o seu mercado. Ninguém quer perder nada”, disse Russi nesta quarta-feira (18).
O chefe do parlamento estadual ainda defende que os representantes da população no Congresso Nacional, tenham mais responsabilidade nas pautas sobre o orçamento público. “O aumento do fundão é algo que eu acho que não deveria acontecer”, completou.
Toda a bancada federal de Mato Grosso votaram para derrubar o veto do presidente Lula e garantir o aumento do Fundo Partidário, exceto o senador Jayme Campos(União), que votou em branco.
O dispositivo vetado pelo governo previa dar ganho real para o fundo, que custeia as atividades do partido, a partir do reajuste pela inflação do valor previsto para a rubrica em 2016. A proposta do Executivo era a correção a partir de 2023, ano em que entrou em vigor o novo arcabouço fiscal.
Em mensagem ao Congresso, o governo justificou o veto dizendo que a “proposição legislativa contraria o interesse público, pois majora o montante do Fundo Partidário e comprime o valor das demais despesas da Justiça Eleitoral”. Além disso, o Executivo argumentou que a correção proposta não é adequada a um regime “fiscal sustentável”.
Segundo nota das consultorias do Congresso, “a ampliação desproporcional da despesa com o Fundo Partidário contraria a vedação imposta pela legislação e “exigirá a compressão de outros gastos que rivalizam com o limite individualizado da Justiça Eleitoral”. Apesar disso, o veto foi derrubado em votação conjunta com outros dispositivos em sessão nesta tarde.