Ministro reconhece que bolsonarismo "apagou coisas boas" que Lula fez ao agro de MT

 

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, reconheceu que a única coisa que o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez de forma competente em quatro anos de gestão foi apagar da memória dos produtores de Mato Grosso o que presidente Lula (PT) fez entre 2003 e 2010 pelo senador. O senador licenciado também amenizou que a relação entre o Governo Federal e o agronegócio está melhor. 

"Acho que se teve alguma competência do governo passado foi em conseguir tirar da memória dos produtores aquilo que o governo do presidente Lula I e II fez de bom para esse setor. Não tem nenhuma obra do governo passado aqui em Mato Grosso. Eu desafio a alguém apresentar onde tem. Ninguém consegue apresentar", desafiou em entrevista à Rádio Cultura FM, nesta segunda-feira (25). 

Fávaro foi apoiador de Bolsonaro quando foi eleito na eleição suplementar de 2020, após a ex-juíza Selma Arruda (PSL) ter sua chapa cassada pela Justiça Eleitoral. Em 2022, ele se aproximou dos petistas, apoiou Lula e se tornou "traidor" para os bolsonaristas e principalmente para o setor do agronegócio. 

Após um ano e três meses de gestão, o ministro afirma que a relação com o setor melhorou. "Está melhor. O fato é que nada resiste ao trabalho. Nada resiste aos fatos verdadeiros gerados frutos do trabalho e da dedicação. Iniciamos o governo com um clima muito hostil com um clima de intolerância à aqueles que pensam diferente dos apoiadores do ex-presidente, mas com os resultados já alcançados [melhorou]", garantiu. 

Na avaliação dele, diferentemente do governo passado Lula entrega resultados e deu exemplos como a ordem de serviço executada na rodovia BR-158, o trecho do contorno da reserva Marãiwatsédé está em fase final do licenciamento, a MT-242 com traçado definido, as rodovias federais, como a BR-364, que é primordial para o escoamento de grãos no estado, ter sido recuperada. "Os resultados começam a ser apresentados e as animosidades vão ficando para trás. A questão de convites para ir em feiras ou não estamos dentro de uma democracia, convida-se quem quiser e cada um tem sua estrela para bater palma", encerrou.