O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, manteve a prisão do empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de fazer parte de um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O início do julgamento de Andreson, que ocorre de forma virtual, ocorreu nesta sexta-feira (2) e Zanin é o relator de um recurso ingressado pelo empresário contra uma decisão anterior do processo que já havia negado seu pedido de liberdade.
Zanin é parte da Primeira Turma do STF - composta ainda pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia, que ainda não votaram. O relator considerou que as suspeitas ainda permanecem, o que o impediria de proferir uma decisão favorável ao empresário, que alega problemas de saúde.
“A defesa acrescentou que ‘as omissões relatadas a este eminente Relator foram sanadas pela Direção da Unidade prisional, e um cronograma para saúde privada será autorizado, face a peculiaridade do caso, reconhecida por aquela unidade’. Afasta-se, portanto, o argumento de que não estariam sendo conferidas as condições para a preservação da vida e integridade psíquica do preso”, analisou o ministro.
O julgamento continua, até o voto dos demais ministros que pertencem à Primeira Turma do STF.
Segundo investigações da Polícia Federal, Andreson é suspeito de repassar R$ 4 milhões em propinas para assessores de gabinete que já trabalharam para duas ministras do STJ. Ele também teria feito o pagamento de R$ 200 mil ao advogado Roberto Zampieri, executado a tiros em Cuiabá no ano de 2023, e que também atuava como lobista de juízes e desembargadores num esquema de “venda de sentenças”.
Andreson foi preso incialmente em Mato Grosso e depois transferido para uma unidade prisional no Distrito Federal (DF).
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Sexta-Feira, 02 de Maio de 2025, 17h01