Política Quarta-Feira, 09 de Fevereiro de 2022, 10h:05 | Atualizado:

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TRAPAÇA

MPF aponta que deputado seguiu como dono de construtora em MT

Investigação revela que Moretto recebeu R$ 1,099 milhão

LUIS VINICIUS
A Gazeta

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Investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontam que o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos) teria permanecido como gestor da antiga empresa VL Moretto, atual G Moretto, depois de sua diplomação como parlamentar na Assembleia Legislativa (ALMT). Além disso, o ex-prefeito de Nova Lacerda (530 km de Cuiabá) teria recebido R$ 1.099.500,00 oriundos da entidade jurídica três meses depois de deixar a direção.

Em grande parte desse período, Moretto já era deputado. O parlamentar, segundo as investigações, teria recebido esse valor de Glênio Moretto, que é seu irmão.

Glênio passou a ser o responsável pela empresa a partir de 17 de dezembro de 2018, data que o parlamentar deixou a gestão da VL Moretto para se dedicar ao cargo público. “Por fim, anote-se que Glenio Moretto transferiu a Valmir Moretto, apenas período entre sua retirada da VL Moretto e março de 2019, R$ 1.099.500,00, tratando-se de mais uma evidência de que Valmir Moretto permaneceu como beneficiário da empresa, por meio de seu irmão”, diz trecho do documento das ações civis de indenização por dano material, enriquecimento ilícito e indisponibilidade de bens que envolvem o deputado.

Além disso, o órgão ministerial apontou que o parlamentar continuou gerindo a empresa e determinando ordens para José Carlos Júnior, diretor da VL Moretto, o que é vetado pela Constituição Estadual de Mato Grosso. As informações foram retiradas do celular de José Carlos, alvo de quebra do sigilo telefônico.

“Foi afirmado que o deputado não exerce nenhum ato de gestão na empresa VL Moretto (atual G Moretto), e que atualmente a empresa é gerida por Glenio e por José Carlos é o fato de que foram observadas conversas em fevereiro de 2019, que vão em sentido oposto ao afirmado, corroborando que o deputado continua intervindo na empresa”, diz outra parte do documento. A ação teve o sigilo retirado pela Justiça Federal após pedido do MPF e teve como base as informações colhidas por meio de investigações e documentos apreendidos durante a Operação Trapaça, deflagrada em 2019.

A ação foi realizada após a identificação de fraudes em processos licitatórios na Prefeitura de Nova Lacerda. Em nota, a assessoria do deputado diz que ele, na qualidade agente público, é o maior interessado para que os fatos sejam esclarecidos e por isso tem contribuído com todas informações necessárias.

Tem certeza que suas ações no campo empresarial e político sempre foram pautadas dentro da legalidade. Por fim, adirma acreditar e confiar no Judiciário e espera que os fatos sejam esclarecidos o mais breve possível.





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