Interceptações telefônicas e telemáticas feitas pela Polícia Federal no transcorrer da “Operação Hybris” indicam que R$ 80 milhões supostamente desviados das obras da Copa do Mundo foram, de fato, trocados por dólares em um mercado clandestino de operações financeiras. Conforme documentação a qual FOLHAMAX teve acesso, o doleiro Gilberto de Oliveira, dono de uma empresa de câmbio no município de Pontes e Lacerda, conversa com outro doleiro, Carlos Virgílio da Costa, conhecido como “Ca”, para tratar de uma operação milionária que já havia sido tratada com o “Cara da Copa”.
No dia 16 de maio de 2013, Gilberto entrou em contato com Carlos para verificar a disponibilidade de converter a quantia de R$ 80 milhões de reais em dólares. Gilberto pergunta qual o valor que Carlos conseguiria e é informado de que seria até R$ 1 milhão por dia.
Logo em seguida, Gilberto responde e informa que todo o dinheiro já estava em mãos. “Cara da Copa aí me procurou aqui e pediu tá tudo em espécie já”, disse. Do outro lado da linha, Carlos responde: “sem problemas”.
Uma semana depois, no dia 24 de maio, Gilberto conversa com Carlos e afirma que finalizou as negociações e que na semana seguinte estaria em Cuiabá para iniciar a operação cambial. “Vai bombar depois da semana que vem. Os caras gostaram de mim”, disse.
Conforme a procuradora da República, Ana Carolina Haliuc Bragança,, que deu parecer favorável à prisão preventiva de ambos, há provas cabais de que a transação financeira foi concluída dentro de um “mercado negro”. “Compreende-se haver elementos suficientes a prova da materialidade dos crimes do artigo 16 da lei nº 7.492/1986 que é fazer operar, sem a devida autorização, instituição financeira de câmbio”.
Por conta dos indícios de lavagem de dinheiro, documentos da "Operação Hybris" estão sendo compartilhados com delegados que conduzem a "Operação Ararath" que investiga amplo esquema de lavagem de dinheiro e outros crimes contra o sistema financeiro nacional envolvendo autoridades de Mato Grosso. Na "Operação Hybris", foi desmantelada uma quadrilha de traficantes que conseguiam lucros de até R$30 milhões por mês.
Bia
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 21h29Luiz Carneiro Maia
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 10h57Nego Preto
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 09h33Antonio Carlos
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 09h15Elvio Maldonado
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 07h29Dornele$
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 06h17Cuiabano Da Silva
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015, 03h25