O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf, ambos do PSDB se reúnem na próxima segunda-feira para discutir assuntos de interesse mútuo de São Paulo e Mato Grosso, além de estratégias visando às eleições municipais de 2016 e gerais de 2018. “Vou aproveitar uma agenda para a Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal e tratar de outras pautas fundamentais, como um maior intercâmbio entre o maior Estado do Brasil e o maior produtor do agronegócio nacional”, disse Guilherme Maluf que está defendendo junto aos membros da CPI que busquem aperfeiçoar a legislação de incentivos fiscais praticados por São Paulo e Goiás em prol de Mato Grosso.
Guilherme Maluf lembrou que a CPI tem feito um bom trabalho, mas que o papel mais preponderante e essencial tem que ser o resultado prático com novas regras mais eficientes e de resultados. “Essa questão de irregularidades, o papel da CPI é demonstrar se houve ou não abusos e deixar que a Justiça e os órgãos de fiscalização tomem providências. Acredito e tenho convicção de que a sociedade quer de nós proposta para melhorar a vida de todo e do Mato Grosso”, explicou Guilherme Maluf.
Mesmo São Paulo não estando no Fórum dos Estados do Brasil Central que reúne Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Rondônia, Guilherme Maluf defende uma maior aproximação com o Estado que é o maior consumidor do país e o centro econômico de toda a América do Sul. “Todos os negócios passam por São Paulo, então nada mais importante que os Estados do Brasil Central, que detém o segundo maior PIB do Brasil e que faz parte das estratégias do governador Pedro Taques em parceria com os governadores destes Estados, busquem respaldo nos Estados consumidores e potencializadores de resultados da produção de Mato Grosso e dos demais Estados do Brasil Central”, ponderou o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Ele sinalizou ainda pela retomada neste segundo semestre da unificação das Assembleias Legislativas dos Estados para discutir mudanças profundas como o Pacto Federativo. Para Maluf a hora das mudanças é agora perante o Congresso Nacional que está promovendo alterações profundas na política federal e resguardando os direitos dos Estados e municípios.
O presidente da Assembleia de Mato Grosso sinalizou que não é possível para um Estado que tanto contribui com a economia nacional ter que depender da boa vontade do repasse do governo federal. “Fomos responsáveis em 2014 por um superavit na Balança Comercial do Brasil da ordem de US$ 13 bilhões diante de um deficit nacional de US$ 4 bilhões e não conseguimos receber R$ 400 milhões a título de indenização por desoneração da produção agrícola destinada à exportação”, criticou Guilherme Maluf.
DORALICE FREITAS
Sexta-Feira, 14 de Agosto de 2015, 12h28