Política Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 00h:31 | Atualizado:

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SOLUÇÕES PARA CRISE

MTI busca "clientes privados" para evitar extinção por déficit

 

Da Redação

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A Diretoria Executiva da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) deu início às discussões sobre a possibilidade de implantação de parcerias estratégicas entre a empresa e entidades privadas a fim de fechar novos contratos de fornecimento de serviços e tecnologias e, por consequência, assegurar a viabilidade econômico-financeiro da MTI. A possibilidade está prevista na Lei das Estatais (n° 13.303/2016) - e foi discutida durante reunião nesta terça-feira (19.03) entre a MTI, Governo do Estado, órgãos de controle como Ministério Público do Estado e Controladoria do Estado, além de membros da Google Brasil.

A lei aponta a possibilidade de formalização de parcerias, nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares e vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, sem a necessidade de procedimento competitivo. Com isso, de acordo com o presidente da MTI, Kleber Geraldino, a lei possibilitará parcerias estratégicas que podem trazer benefícios à empresa, como o aumento da capacidade de investimento em Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), intercâmbio tecnológico, novas frentes de valor, além do fortalecimento da governança corporativa.

Atualmente, a MTI mantém 200 sistemas de Tecnologia da Informação (TI), atende a cerca de 4 mil demandas de software por ano, de um total de 52 órgãos do Poder Executivo, 113 instituições municipais e 5 instituições estaduais. “É fundamental que todos tenham conhecimento dessa lei, para que a MTI possa fornecer serviços para outros estados e construir um modelo mais sólido de negócio, de forma a solucionar os problemas que hoje a empresa possui. Estamos nos reestruturando e queremos aderir a um modelo que, ao invés de desenvolver tecnologia, possa prover soluções através dessas parcerias estratégicas”, disse.

O vice-presidente da MTI, Cleberson Gomes, explicou que hoje a empresa possui baixa capacidade de investimento e uma demanda represada. E com as parcerias, vai conseguir trazer novas receitas e assegurar sua própria sustentabilidade, sem a dependência financeira exclusiva do Poder Público.

Ele lembrou ainda que essas parcerias já foram formalizadas por empresas com atuação em âmbito nacional, como o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) e até a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. “Queremos envolver a todos nesse modelo. A MTI vai pensar no Estado, ao invés de deixar que haja soluções setoriais. Vamos conseguir garantir economia e eficiência na área de TI no Estado. Essa parceria é fundamental para a MTI se fazer viável”, afirmou.

Durante a reunião, o subprocurador-geral de Aquisições e Contratos, da Procuradoria Geral do Estado, Felipe da Rocha Florêncio, afirmou que a lei é uma ferramenta que veio dar oportunidade de as estatais competirem no mercado. E, por se tratar de medida inovadora no Estado, merece atenção da PGE quanto à legalidade e constitucionalidade de todo o processo, a fim de evitar questionamentos futuros. “A Lei das Estatais vai favorecer a empresa em um ambiente de negócios mais propício de fazer parcerias com entidades privadas de grande porte, como Google e Amazon. Tem que se aproveitar dessa inovação, que é uma norma que veio para desburocratizar essas empresas estatais e esse é o caminho que a MTI tem que seguir para se manter sustentável no mercado e demonstrar para o Estado que tem plenas condições de entregar o serviço ”, disse.

Já o secretário adjunto de Controle Preventivo e Auditoria da Controladoria Geral do Estado, José Alves Pereira Filho, apontou que é importante discutir as inovações da lei e destacou que a CGE vai acompanhar todo o processo, de modo a observar os possíveis riscos e contribuir, como parceiro, para a melhoria dos serviços de TI em todo o Estado.

“A CGE está pronta para contribuir. Sempre fomos parceiros da MTI nessa questão das inovações. Temos histórico grande de gasto com tecnologia que precisamos buscar resultado. A MTI sai na frente nessa proposta de buscar as inovações da lei para aperfeiçoar os seus processos e a CGE vai contribuir e estar próximo acompanhando os processos, para que a MTI consiga avançar na nova forma de tocar a empresa”, afirmou.

Essa foi a primeira de uma série de reuniões,  que envolverá também demais entidades e a sociedade, que devem ocorrer para discutir futuras parcerias.

 





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Comentários (6)

  • Antonio Jo?o

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 11h23
  • Fecha logo essa MTI
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  • martha

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 09h22
  • Falam tanto em fechar MTI, mas estão contratando pessoas.. fizeram acordo com PDV mas contratam outros montão de gente, assim e no estado todo, existe secretaria que esta lotada de gente, tem uma secretaria no estado que tinha 80 servidores hoje neste novo governo estão com 114 pessoas, tudo com cargo de confiança e salários alto. Como que estado vai sair da crise? mas vamos torcer para que nosso governador consiga fazer algo para nosso Estado.
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  • Xomano

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 06h55
  • O engraçado é que tento um MTI o Estado só contrate a Abbaco
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  • Jo?o do araes

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 02h44
  • Putz, inacreditável a fertilidade do pensamento do servidor público. A empresa à beira da falência agora resolve vender para o mercado privado. Em que mundo vivem? Pergunto: vender o que? Burocracia digital? Roubalheira virtual? Burrice artificial? Me poupem.......
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  • Mauro Espia

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 01h24
  • Eu sei que muitos vão vir aqui comentar e criticar a MTI, alegando que a empresa é uma cabide de empregos e que só está se mexendo porque tá correndo risco de extinção... Mas a realidade é que nunca eu havia visto no comando da MTI um corpo gerencial tão preparado como agora. Tenho certeza que vai trazer muitos resultados e colocar MT na vanguarda da tecnologia voltada ao setor público.
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  • Felizberta Catarina

    Quarta-Feira, 20 de Março de 2019, 01h11
  • Podem fazer o que for, que nós da sociedade não iremos aceitar esse tipo de coisa. Chega de torneiras de dinheiro do estado. A hora é de economia e extinguir essas 'empresas' do estado de uma vez por todas. Obrigada.
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