Mulher de Riva denuncia que sogro de Taques foi preso durante operação em MT

 Samira e Janete partem para o confronto publicamente com troca de farpas

A ex-secretária de Cultura de Mato Grosso, Janete Riva (PSD), afirmou nesta quarta-feira que recebeu com espanto as críticas do senador Pedro Taques (PDT) e esposa dele, a advogada Samira Martins. A confusão entre os grupos políticos do deputado estadual José Riva (PSD) e o pedetista teve início anteontem durante entrevista a TV Centro América (Rede Globo).

Riva revelou que Taques e esposa também seriam alvos na "Operação Ararath", que investiga um esquema de lavagem de dinheiro público através de empresas de factoring em Mato Grosso. Janete relata que o que mais causou estranheza nos ataques proferidos por Taques e Samira à família dela é justamente o fato de terem “telhado de vidro” e saberem que os agentes públicos estão sujeitos a serem investigados. “Será que Samira já esqueceu que o pai dela já foi preso em uma operação policial? Aliás, será que há um conflito de família onde o senhor Pedro Taques não fala com o sogro presidiário?”, indagou referindo-se à declaração do senador que disse não conversar com presidiários.

Em 2005, o pai da Samira, o agente de tributos estaduais, Sadi Martins Ferreira, foi preso na Operação Quimera acusado de participar de um esquema de sonegação fiscal que gerou um prejuízo de mais de R$ 400 milhões aos cofres públicos. “Na época, o escritório de Advocacia Gahyva & Martins, que tem como sócia a Samira, também citado na operação Ararath, era responsável pela defesa do Sindipetróleo, também investigada na operação Quimera”, disse.

Janete indagou se Taques também se abstém de falar com alguns dos seus apoiadores, como deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e o suplente de deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), ambos presos em operações policiais por supostas irregularidades com o dinheiro público. “Os dois (Leitão e Avalone) são pessoas que admiro e nutro imenso respeito pelos seus serviços prestados ao Estado, mas foram investigados e presos em operações. Será que o senador também não fala com eles?”, indagou.

Janete também lembrou que seu marido foi preso, mas solto após três dias em decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. “Ao menos, quando o Riva foi preso, o próprio ministro do STF justificou ter sido induzido ao erro a pedir a prisão, o que para nós não passou de uma manobra política, diferente do caso do senhor Sadi Martins”.

Para Janete, Taques e esposa estão usando a estratégia do ataque para se defender. “O Riva tem serviços prestados em todo o estado e, por isso, nunca deixamos de dar os devidos esclarecimentos quando necessário, peço apenas que façam o mesmo, sem precisar agredir a nossa família. Dessa forma Taques vai usar da transparência que tanto prega, mas que hoje fica só na palavra”, finalizou.

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