O jornalista José Marcondes Muvuca não veio pra brincar de ser candidato. Prova disso é que foi o primeiro a ter lançado sua pré-candidatura, o primeiro a lançar um carta de intenções ao governo, o primeiro a escolher os nomes da sua chapa para composição de vice e senado (faltando a aceitação ou não dos respectivos convidados), e ao que tudo indica, será o primeiro nome a ser homologado oficialmente como candidato em convenção partidária.
Seu partido, o PHS, marcou a convenção que irá sacramentar seu nome como candidato oficialmente definido no pleito de 2014 para o próximo dia 10 de junho - primeiro dia liberado para os partidos homologarem suas candidaturas. O evento deverá ser realizado na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), e contará com a presença de lideranças nacionais, tanto do PHS como de partidos que comporão sua chapa. Sobre esta composição, no entanto, o humanista deixará a ata aberta até o diz 30, homologando apenas o próprio nome ao governo e da chapa proporcional, deixando as vagas de vice, senado e suplentes para serem referendadas pelos respectivos partidos aliados, afim de deixá-los à vontade para continuarem conversando no processo eleitoral.
"É legítimo o diálogo, e deixarei meus parceiros à vontade. Já mostrei que não vim pra brincar e se não houver composição temos um plano alternativo para fechar chapa pura e completa, como ou sem coligação", adianta. Muvuca diz que a direção do seu partido está afunilando as conversas e deverá fechar coligação com 4 partidos. "Não somos adeptos da barganha ou conchavos em cima de cargos e dinheiro, vamos lá, apresentamos nossas propostas e fazemos o convite, o resto fica por conta da consciência e razão de cada um", diz.
Muvuca, que mesmo antes de aparecer na televisão (Horário eleitoral gratuito) já tem 2% segundo a última pesquisa Vox Populli, dá largada à frente de nomes conhecidos no cenário político. "Já temos um pequeno capital eleitoral antes do início propriamente dito da campanha. Isso sem colocar um adesivo na rua, nem aparecer em propaganda alguma. E ainda que tivéssemos apenas 1% de chance, manteríamos 99% de esperança", diz, empolgado.
Sobre suas chances de ir para o segundo turno, ele acredita que são reais. "O povo está cansado desses que estão aí barganhando e batendo cabeça em cima de acertos financeiros, e quando o grande eleitorado ver que existe um alternativa, com novas ideias e métodos, propostas ousadas, sem rabo preso e a determinação de mudar o que está aí do tamanho do mundo, alguém vai apontar o dedo e dizer, é pra lá que nós vamos, e só estou me preparando porque este dia está próximo", acredita.
O jornalista, que formou sua história nas lutas sociais, do movimento estudantil ao comunitário, sempre na defesa das causas populares, acredita que a vitrine do horário eleitoral e os debates irão oportunizá-lo a chegar no segundo turno. "Acredito na inteligência e sabedoria do povo, especialmente quando eles verem que aqui não tem um candidato titubeante, que não sabe se vai para um lado ou para outro, se fecha com este ou com aquele, e sim alguém determinado e com uma proposta firme ao governo".
Crítico tanto da situação quanto da oposição, o jornalista fará uma campanha alternativa contra as chamadas elites políticas, se colocando como uma opção ao que ele chama de barões, coronéis e falsos líderes moralistas que estão dando as cartas há mais de 30 anos no poder em Mato Grosso.
Ricardo Ara?jo
Quarta-Feira, 14 de Maio de 2014, 20h07