Presidente eleito do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo quer criar uma espécie de Escola de Gestão na instituição. O objetivo é auxiliar qualquer pessoa que queira ocupar um cargo político, como de vereador, prefeito, deputado e governador. 

Sérgio Ricardo, além de jornalista, possui longa carreira política, iniciada como vereador de Cuiabá em 2000. Em 2002 foi eleito deputado estadual e seguiu legislando por quatro mandatos, tendo atuado como primeiro secretário e presidente da Assembleia Legislativa (ALMT). “Quando eu quis ser político eu fui lá e me especializei, fiz pós-graduação em Direito Constitucional e Ambiental, fiz um curso de gestão de cidades, que é o que eu quero implantar dentro do TCE”, explicou em entrevista ao Jornal da Cultura.

De acordo com o conselheiro, o curso irá auxiliar na burocracia que é gerir um município ou um estado, como fazer processos licitatórios, compras públicas. Em sua visão, “honestidade tem que trazer de berço”. “Vamos ensinar técnicas , porque se ele entra na política com dificuldades, vai pecando na aprovação das contas e ocorrem as desigualdades sociais”, declarou. 

"Todo cidadão que gosta de política quando se elege vereador acaba pensando em alçar novos voos posteriormente, como o ocorreu com ele, que em 2000 foi eleito vereador e dois anos depois conquistou uma cadeira no Parlamento Estadual. A equação é simples todo cidadão que gosta de política ele quer ser vereador e quando se elege pensa em ser presidente da Casa, ai depois ele pensa em ser prefeito, deputado estadual, e governador e assim vai”, afirmou. 

O presidente eleito disse ter feito um levantamento que  apontou que o grau de instrução do político em geral, principalmente dos prefeitos e vereadores é muito baixo. “Não tem problema, o sujeito não tem culpa. Os prefeitos, em sua maioria, são donos de mercearia, do supermercado do açougue que tem popularidade e chegam [ao cargo]. Não quer dizer que o sujeito precisa ter curso universitário para ser gestor. O que ele não pode é não saber gerir”, concluiu.