Taques e Henry já travaram embates e agora podem dividir palanque
A eleição deste ano pode ter uma “união histórica” na chapa de oposição ao atual Governo. O PDT iniciou nesta semana diálogo oficial para contar com apoio do PP no palanque.
Caso a aliança se concretize, será a união de dois “Pedros”. Pelo PDT, o senador Pedro Taques (PDT) deve encabeçar a chapa ao Governo. E pelo PP, quem ainda "dá as cartas" é o ex-deputado federal Pedro Henry, que mesmo cumprindo pena em regime semi-aberto pelo seu envolvimento no escândalo do “Mensalão”, tem poder de decisão no diretório da legenda.
As articulações, porém, estão sob comando dos deputados estaduais Zeca Viana (PDT) e Ezequiel Fonseca (PP), ambos presidentes regionais das siglas. Todavia, só será consolidada com a anuência dos dois líderes das legendas.
Viana convidou o PP para compor no arco de aliança da oposição, sob a alegação de que ambos os partido possuem os mesmos ideais. Acontece que a bancada pepista na Assembleia Legislativa, que conta ainda com o deputado Antônio Azabmuja, deixou em definitivo o governo Silval e hoje faz parte bloco independente na Casa. “Já vínhamos conversando em outras oportunidades e vamos continuar dialogando, como se diz, começamos um ‘namorico’, o objetivo agora é que ele se torne mais sério, estamos trabalhando para que aconteça”, disse Viana sobre as conversas com o PP.
A crise entre PP e governo começou após negativa do governador em destituir na época, o então secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues, indicado pelo próprio partido. Os deputados progressistas alegaram falta de diálogo. Em críticas mais acentuadas, Azambuja, chegou a dizer na tribuna da AL, que o PP não seria responsável pela ingerência na pasta de Saúde ou pelas mortes que acontecem por falta de gestão.
Contudo, no início deste ano, o presidente do PP esteve nas reuniões com representantes de outros oito partidos da base governista com vista as eleições de 2014. Existe até a possibilidade do partido de Pedro Henry indicar o megaprodutor Eraí Maggi para compor a chapa majoritária.
Ezequiel destacou que a decisão sobre os rumos do partido será tomada pelo grupo e não apenas a direção do partido. “Estamos dialogando com outros partidos, pois o atual quadro político está complexo e precisa ser analisado de forma minuciosa. Não há nenhum obstáculo que impede o PP de caminhar com qualquer legenda que for”.
EMBATES
Em 2010, Pedro Taques e Pedro Henry trocaram ataques durante a campanha eleitoral. O progressista acusou o ex-procurador da República de tentar "judicializar" as eleições por meio de operações 'midiáticas' que foram deflagradas pela Justiça Federal.
Já Taques reforçava as denúncias que o então deputado federal respondia pelo processo do "Mensalão" e ainda a "Operação Sanguessuga".
Este é o segundo partido da base que o PDT conversa para angariar ao bloco de oposição. Recentemente, diálogos foram aprofundados com o PR.
O grupo, para persuadir os republicanos, chegou a oferecer a vaga ao Senado, para o deputado federal, Wellington Fagundes, presidente da legenda republicana, que não esconde seu desejo de entrar na disputa pela vaga a senatoria.
As conversas não prosperaram e o PR deve continuar na base aliada do Governo do Estado.
Chacal
Quinta-Feira, 27 de Fevereiro de 2014, 02h40Luiz Carlos
Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 23h53Rogerio Prandeli
Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 20h19