O prefeito de Rondonópolis e presidente regional do PPS, Percival Muniz (PPS), avalia que o senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato a governador de Mato Grosso, deve adotar um perfil mais político, estreitando diálogo com as instituições. Para Percival, o senador pedetista possui as melhores características que se pode exigir do novo governante, porém a falta de traquejo político pode prejudicá-lo até num eventual Governo. “Não tenho tanta preocupação com a eleição do Pedro porque acho que ele vai ser o governador. Preocupo é com o Governo dele, que não seja briguento, amarrado, com uma Assembleia nas costas”, assinalou em entrevista ao programa Conexão Poder (TV Rondon) na noite de ontem.
Apesar de considerar o senador um candidato “solto”, sem grandes compromissos políticos, Percival pondera que o diálogo com lideranças políticas e a convivência harmoniosa com os poderes fundamental para fazer um bom Governo. Um destes instrumentos, avaliou o prefeito, será a Assembleia Legislativa.
Ele pontuou que legendas como PR, PMDB e PSD, que não devem compor o arco de alianças em torno da candidatura de Taques, deverão eleger um número considerável de deputados, o que pode prejudicar a governabilidade. “O Pedro terá que saber conviver com as estruturas das instituições. Se quer mudar, é preciso ter os instrumentos de mudança na mão”, afirmou
Percival colocou que o senador perdeu a oportunidade de afunilar este diálogo nas eleições de 2012, quando se recusou a participar de alianças com partidos governistas nas principais cidades do Estado.
Ele citou que, até pouco tempo, o senador poderia ter dialogado com PMDB, que não tinha candidato a governador. Além disso, citou que a briga com o PT, principalmente em nível nacional, será prejudicial ao pedetista. “Para que eu vou arrumar inimigos agora, se lá na frente vou precisar de todo mundo. A classe política tenta se unir contra ele porque teme ele.”, assinalou.
Questionado se a aproximação com políticos combatidos pelo próprio Pedro Taques prejudicará a imagem de honestidade criada junto a população, Percival avalia que “cada um tem sua história e deve responder apenas por ela”. O prefeito descartou romper com a pré-candidatura de Taques e apoiar outro nome ao Governo.
Ele citou que o senador é o único nome capaz de romper com o modelo de gestão que está no Estado há 12 anos. “Não tem como não apoiar o Pedro. É uma questão de coerência”, destacou.