Após ser acusada de 'implodir' a comissão processante que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a vereadora Edna Sampaio (PT) se defendeu e afirmou que não será usada como 'boi piranha' na situação. A legisladora disse ainda que a investigação é de 'fachada' e irá livrar o gestor de uma possível cassação de mandato.
"Meus colegas estavam com uma estratégia de conduzir essa comissão ao arrepio da lei para gerar nulidade a ela. Todas as reuniões da comissão estão gravadas. Fizeram um estardalhaço quando fui sorteada, para me tirar da comissão. E agora estão esperneando porque prepararam uma armadilha, uma situação de gerar a nulidade no processo e agora querem me responsabilizar por isso, quando na verdade é a própria condução da comissão que tem gerado exatamente os elementos para a discussão da anulidade", explicou a vereadora à imprensa nesta quinta-feira (2).
Ao justificar sua ausência nas últimas reuniões, a petista denunciou que na Câmara Municipal há 'violentadores' que apoiam violência política contra mulheres. Ela disse que faltou por estar doente e que apresentou atestados médicos à procuradoria da Casa.
"Estava doente porque essa Câmara é uma Câmara composta, infelizmente, por violentadores. Quem não violenta ratifica, apoia e sustenta a violência contra uma mulher. O que afeta a minha saúde é a covardia e a violência que eu sofro aqui", acusou.
A parlamentar voltou a denunciar um suposto 'conluio' para salvar o prefeito Emanuel Pinheiro de ser cassado e que por isso estaria deixando a comissão. Na visão da parlamentar, a investigação seria de 'fachada' e que por isso não avança.
"Uma comissão de fachada que visa livrar a cara dos vereadores que querem parecer que agora são oposição, mas que livraram a cara do prefeito em 19 pedidos de processo de cassação aqui. Querem bancar os ilibados, aqueles que vão produzir a justiça que o povo quer. Não vão me usar como boi de piranha pra sentar em cima ou pra subir em cima pra poder mentir pra população", disparou a vereadora.
Por fim, Edna disse que os colegas não contavam com sua coragem em denunciar certas irregularidades na investigação e defendeu que ela seja feita de maneira séria. "Eu quero que a comissão funcione, com resultado legal e válido, e não com resultado político, para livrar a cara de alguns aqui, que vai lá na frente caçar a ilegalidade e vai anular o processo. Eu não vou participar desse espetáculo", encerrou Edna Sampaio.
Wanderley
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024, 17h55