Fernando Mendonça é investigado por transações feitas via EUA e Panamá
Investigações sigilosas feitas pela Polícia Federal apontam que o empresário Fernando Mendonça de França chegou a possuir investimentos nos Estados Unidos da América e Panamá. Para tentar "driblar" o rastreamento das operações financeiras, o empresário investigado na "Operação Ararath" se utilizou de parentes que aparecem na constituição de várias empresas que estavam sediadas nos dois países e agora estão no Brasil.
Peritos da PF descobriram que em outubro de 2005 foram criadas no mesmo dia as empresas MF Corporate Service, nos Estados Unidos, e Camille Service S.A, no Panamá. Já, em 2006, foram criadas as empresas Elany Taddiing LLC e Avel Group LLC com sede no estado americano de Nevada.
Um fato interessante é que nestas empresas a PF não conseguiu identificar os sócios sendo que o procurador delas foi identificado junto a Receita Federal do Brasil com um número de CPF (Cadastro de Pessoa Física) como genérico. Num cruzamento de dados, a PF já descbriu que estas duas empresas americanas foram resgistradas no Brasil em janeiro e fevereiro de 2006.
Curiosamente, também em janeiro daquele mesmo ano, houve a constituição da empresa Global Participões Empresariais Ltda. Para a PF, as duas empresas americanas e Global tratam-se, na verdade, da mesma.
Hoje, a Global possui quatro sócios da família. Além de Fernando Mendonça, compõem a sociedade a filha dele, Ariane Victor de Matos Mendonça, o primo Leonardo Rodrigues de Mendonça e Raquel Souza Ferreira Rodrigues de Mendonça.
Leonardo é também sócio Confiança Participações Empresariais Ltda. Esta empresa já teve a Elany Trading e Avel Group como participantes da sociedade, o que, de acordo com a PF, configura as ligações comandadas pelo empresário investigado.
A Polícia Federal vem se aprofundando nas investigações para descobrir os motivos de empresas com sede nos estados Estados Unidos e Panamá terem ligações com familiares de Fernando Mendonça. O empresário foi o maior doador da campanha do senador Pedro Taques (PDT), em 2010, e a filha dele é hoje funcionária no Congresso Nacional.
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