O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avalizou a filiação do senador mato-grossense Blairo Maggi ao PMDB. Embora tenha revelado que não participou das articulações, o parlamentar considera importante pelo que classifica de um ato que engrandece o PMDB. “Todas as pessoas que possam contribuir com a história, participação política e tenha representação em setores importantes são bem-vindos. Ainda mais de um Estado economicamente importante como Mato Grosso. Da minha parte pessoal, é muito bem-vindo”, disse.
Cunha esteve presente em Cuiabá na noite de quinta-feira (9) quando participou da 10ª Edição do Circuito Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) realizada no Cenarium Rural e que reuniu autoridades políticas de Mato Grosso e empresários do agronegócio. O peemedebista ainda reforçou suas críticas ao PT, defendendo um afastamento ainda maior do seu partido. “O PMDB, a cada dia que passa, fica mais distante do PT. Esperamos que fique, a cada hora, ainda mais diante e, de preferência não volte a estar junto com PT”, disse.
Embora o PMDB esteja na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), inclusive sendo o vice-presidente, Michel Temer, filiado à sigla e escalada para atuar como interlocutor político junto ao Congresso Nacional, não significa que o partido tenha que concordar com as teses defendidas pelos petistas. “Apenas temos a responsabilidade com a governabilidade, da qual o PMDB faz parte da chapa. Mas, isso não quer dizer que temos que mergulhar nas teses equivocadas do PT”, afirmou.
Na avaliação de Cunha, o governo federal como um todo foi “arrastado” pela impopularidade do Partido dos Trabalhadores. “A impopularidade do PT é muito maior que a impopularidade do governo. O governo foi arrastado pela impopularidade do PT. Os pontos que o PT defende não são os mesmos defendidos pelo PMDB”, completou.
Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Ibope no dia 1º deste mês, a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu para 9% de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira 1º, ante 12% registrados em março deste ano. A marca é a segunda pior da série histórica, superada apenas pelos 7% do ex-presidente José Sarney em junho e julho de 1989.
Ao mesmo tempo, a avaliação negativa do governo Dilma caiu quatro pontos percentuais entre março e junho e chegou a 68%, ponto mais baixo na série histórica verificada pelo instituto, superando os 64% registrados pelo mesmo Sarney em julho de 1989.
andrea
Sábado, 11 de Julho de 2015, 09h02EU
Sábado, 11 de Julho de 2015, 07h33