Por falta de projeto, prefeito veta obras do BRT em Cuiabá e cita caos em VG

 

Por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá se posicionou a respeito da informação, divulgada nesta sexta-feira (15), de que as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) irão começar na Capital em janeiro de 2024. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou em agosto deste ano que a proposta já foi rejeitada pela equipe técnica da prefeitura por apresentar diversas falhas.

Na época, Pinheiro chamou o projeto de "gambiarra" e avisou que proibiria o modal de circular na Capital. "Aqui não é Casa da Mãe Joana e não é terra de ninguém. Aqui tem líder, tem prefeito, tem leis que têm que ser respeitadas e ninguém vai passar por cima delas". Nesta tarde, o Palácio Alencastro se disse surpreso com a informação divulgada pela imprensa.

"O Município analisou a documentação referente ao modal BRT e constatou a inexistência de projetos básico e executivo, fundamentais ao desenvolvimento de qualquer projeto de mobilidade e que impactem a vida de mais de 700 mil pessoas", explicou a nota.

Além disso, pela ausência de informações técnicas e de segurança não disponibilizadas pela Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra-MT), a prefeitura não emitiu alvará para realização de obras do BRT no município. "Importante ressaltar que, na cidade vizinha, às obras do BRT resultaram em verdadeiro caos, com obras completamente atrasadas, redução das vias e tráfego constantemente congestionado, resultando em uma significativa piora na qualidade de vida de toda população", destacou a prefeitura.

TRETA DOS MODAIS - O VLT foi projetado há mais de 10 anos, em 2012, como a maior obra de mobilidade urbana em Cuiabá, que receberia jogos da Copa do Mundo em 2014. No entanto, a obra não ficou pronta a tempo e foi paralisada em dezembro do mesmo ano. 

Em 2020, o governador anunciou a substituição do VLT pelo Ônibus de Transporte Rápido (BRT sigla em inglês). Os trilhos do antigo modal, que nunca chegou a circular, já foram retirados da Avenida da FEB, em Várzea Grande, que acarretou em um caos para quem circula na via diariamente com apenas uma pista livre. 

Na Capital, há um impasse com a gestão municipal que, recentemente, anunciou que irá cadastrar o projeto do VLT Cuiabano para receber repasses do Governo Federal. Até o momento o prejuízo do VLT foi de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. 

ÍNTEGRA DA NOTA

Quanto ao possível início das obras do BRT, na capital, a Prefeitura de Cuiabá esclarece: 

- O Município analisou a documentação referente ao modal BRT e constatou a inexistência de projetos básico e executivo, fundamentais ao desenvolvimento de qualquer projeto de mobilidade e que impactem a vida de mais de 700 mil pessoas;

- Diante da ausência de informações técnicas e de segurança não disponibilizadas pela Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra-MT), a prefeitura não emitiu alvará para realização de obras do BRT no Município;  

- Importante ressaltar que, na cidade vizinha, às obras do BRT resultaram em verdadeiro caos, com obras completamente atrasadas, redução das vias e tráfego constantemente congestionado, resultando em uma significativa piora na qualidade de vida de toda população.