Emanuel proíbe BRT em Cuiabá: "aqui não é Casa da Mãe Joana"

 

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sinalizou na manhã de hoje (22) que não liberará o início das obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido) que serão realizadas pelo Governo do Estado. De acordo com o gestor, a proposta já foi reejeitada pela equipe técnica da prefeitura por apresentar diversas falhas.

As obras em Várzea Grande estão avançando, mas sequer começaram na capital do Estado. Pinheiro, ainda afirmou que continuará lutando na Justiça pelo Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), modal que foi idealizado para a Copa do Mundo de 2014, mas nunca foi concluído.

“A gambiarra de projeto que foi apresentado pelo Estado município foi indeferido pelos técnicos da prefeitura de Cuiabá. Aqui não é Casa da Mãe Joana e não é terra de ninguém. Aqui tem líder, tem prefeito, tem leis que têm que ser respeitadas e ninguém vai passar por cima delas. Nem governador e nem ninguém. Vou continuar lutando pelo VLT. Mas quem defende BRT que apresente os projetos. A equipe técnica da Prefeitura, que é altamente qualificada, vai analisar. Por enquanto, o que foi apresentado não tem a menor condição tecnicamente de ser aprovado”, pontuou Emanuel Pinheiro, na manhã desta terça-feira (22).

Emanuel Pinheiro já demonstrou inúmeras vezes que é contra a implementação do BRT. Segundo ele, mais de R$ 1 bilhão foi jogado foram perdidos para instalar o modal.

O gestor é defensor ferrenho de VLT, que na avaliação dele é o que há de melhor na mobilidade urbana atual. “O que estamos vendo é que além de ter jogado R$ 1 bilhão fora e estarem impedindo que Cuiabá e Várzea Grande conheçam o que há de melhor e mais moderno e avançado em termos de mobilidade urbana que é o VLT estão forçando uma barra com um modal que não tem projeto”, criticou.

FILINTO E COUTO

A confusão da vez se deu pela mudança de rota do BRT em Várzea Grande, em que o modal deverá passar pelas avenidas Couto Magalhães e Filinto Muller, o que não era previsto no projeto original. A mudança está sendo rechaçada pelos comerciantes da região que temem que suas fontes de renda sejam prejudicadas pelas obras.

“Em Várzea Grande, ninguém sabia que o BRT iria passar pela Couto Magalhães e Filinto Muller que são os maiores corredores comerciais de VG. Ninguém sabe e ninguém discutiu. Os comerciantes de Várzea Grande estão desesperados. Vai arrebentar com a cidade porque não teve discussão e nem projeto”, detonou Pinheiro.