A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), apresentou um balanço dos primeiros 6 meses de sua gestão. Ela destacou que o município ainda tem dívidas de R$ 74 milhões deixadas pelo antigo prefeito Kalil Baracat, sem contar os R$ 760 milhões de dívidas com precatórios. ‘R$ 90 milhões de restos a pagar confessados, assinado pelo ex-gestor. E fora os valores que nós levantamos depois que chegam aos R$ 144 milhões’, disse Flávia durante a coletiva.
Segundo a prefeita, o restante do valor é referente a, por exemplo, R$ 4,9 milhões com aquisição de uniformes, dívida esta que ainda não havia sido processada e contabilizada, construção do estacionamento do novo Fórum de Várzea Grande, que segundo Flávia o ex-prefeito ‘não colocou na conta’, além de dívidas com transporte escolar, merendas e outros. De acordo com o vice-prefeito Tião da Zaeli (PL), apenas na pasta da Educação, o Município de Várzea Grande tem R$ 27 milhões de restos a pagar.
Flávia Moretti afirmou que também havia irregularidades em alguns pagamentos. ‘Eles só emitiam nota e aí não pagava, não fazia processamento, não fazia planejamento, aí empenhava, metia nota de R$ 2 milhões e a pessoa só fazia R$ 500 mil de serviço. Aí depois fazia mais e ficava lá o empenho. Isso é errado’.
A prefeita disse que o Tribunal de Contas do Estado(TCE) já está ciente da situação e semanalmente tem ido à prefeitura para apurar as contas. "A dívida do Kalil, que ele deixou para pagar, para a população, eu herdei sim e eu assumi a responsabilidade e já paguei R$ 70 milhões e vou pagar o restante se for dívida com quem realmente prestou serviço, entregou material e se tiver procedência. No tempo certo, conforme os nossos equilíbrios financeiros", garantiu Flávia.
Apesar disso, a prefeita divulgou que Várzea Grande obteve um crescimento na arrecadação, de 7% a mais, e conseguiu economizar cerca de 10% em gastos de atividade meio (como manutenção, limpeza, logística, etc), o que para ela não é uma taxa significante. Ela pontuou que a adesão de Várzea Grande ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Cuiabá (Cisvarc) também tem gerado economia.
‘Alguns medicamentos a gente tem que comprar ainda pelo contrato, mas é 30% mais barato do que os contratos de licitação. A gente tem uma economia de 30% quando a gente compra pelo consórcio, para mim é vantajoso (...). Nós cortamos alguns gastos da parte geral da administração pública que não tiveram muita relevância. Porque nós tivemos que implantar serviços fim’, explicou.
Wilson
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 15h31