Política Terça-Feira, 08 de Julho de 2025, 15h:02 | Atualizado:

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Prefeito estuda compra de prédio e vê Santa Casa "deixada de lado"

 

ALLAN MESQUITA
GAZETA DIGITAL

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a Santa Casa de Misericórdia está sendo “deixada de lado” e criticou a falta de interesse dos demais poderes em encontrar uma solução para o hospital, que é o mais antigo do estado. Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (8), o chefe do Executivo afirmou que estuda assumir a situação, mesmo sem condições financeiras para custear a compra do imóvel.

“Eu estou ficando muito preocupado porque eu comecei essa discussão na época. Passamos isso para a Assembleia Legislativa, os deputados no começo até se interessaram e depois foram sumindo. Agora eu vejo essa situação deixada de lado”, lamentou.

A declaração ocorre após o governador Mauro Mendes (União Brasil) reiterar, na segunda-feira (7), que a unidade será fechada definitivamente, assim que o Hospital Central por aberto, em setembro.

Segundo o governador, a estrutura física da Santa Casa não pertence ao Estado e, por isso, o governo optou por não manter a unidade em funcionamento. O prédio deverá ser leiloado para pagamento de dívidas trabalhistas que somam mais de R$ 50 milhões, acumuladas ao longo de 5 anos. Desse total, R$ 43,7 milhões ainda não foram pagos e estão judicializados em cerca de 470 processos.

Ao comentar sobre o assunto, o prefeito relatou ainda ter conversado com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23), que confirmou que o prédio deve ir a leilão caso o Estado não efetue a compra direta. Segundo a magistrada, o imóvel será fracionado em diversos lotes: estacionamento, a área onde funciona o laboratório Carlos Chagas e a parte tombada historicamente.

Para Abilio, essa divisão compromete o valor do patrimônio e inviabiliza projetos futuros para o espaço. Ele afirmou que não acredita que o Estado deixará de adquirir o imóvel, mas, caso isso ocorra, pretende tomar a frente do processo para evitar o encerramento definitivo da unidade.

Ele revelou que estuda a possibilidade de a própria Prefeitura de Cuiabá assumir o compromisso de compra do prédio, com um acordo judicial que permita o parcelamento da dívida, a fim de preservar o hospital e sua função social.

A Santa Casa deve manter o atendimento até a inauguração do novo Hospital Central, prevista para setembro deste ano. Após isso, a unidade será desativada, a não ser que outra solução seja adotada até lá. Os serviços oferecidos no espaço serão distribuídos entre outas unidades, assim como os pacientes atendidos. 

“O meu desejo é não deixar a Santa Casa é acabar. Esse é o meu desejo. Eu estou quase, eu mesmo indo lá, e fazendo uma dívida para o município de Cuiabá e comprando tudo com a Justiça porque eu estou vendo que os outros entes não tão interessados no assunto. Estou quase indo lá e fazendo compromisso para salvar a Santa Casa e salvar toda essa situação”, finalizou. 





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