O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Max Russi (PSB), revelou que ao contrário do jantar com o governador Mauro Mendes (UB), ele não recebeu convite para tomar café da manhã com o vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), na última semana. Mesmo assim, afirmou que a relação entre os dois não está desgastada.
"No jantar com o governador eu estive presente, estive na casa dele. No café com o Pivetta, eu vi pela imprensa, não tive convite nenhum, mas eu não sei a pauta, não sei a discussão. Eu não fui chamado porque eu acho que ele achou interessante essa reunião com outros atores. Isso faz parte da política. Eu me reúno com uns, ele com outros, o governador com outros", disse na última quarta-feira (2).
De acordo com Russi, no jantar com Mendes, estavam cerca de 18 deputados estaduais. Questionado se no evento o governador antecipou a confirmação de sua pré-candidatura ao Senado, o socialista negou. "Não entramos nesse assunto. Foi mais bate-papo mesmo, foi descontraído. Não teve nada muito específico em termos de política e articulação. Não foi uma reunião de articulação política, foi uma confraternização", enfatizou.
Ainda na entrevista, o presidente afirmou que a relação entre o Poder Legislativo e Pivetta não mudou após ser revelado que foi o vice-governador que mandou investigar um suposto esquema de emendas parlamentares. A denúncia gerou a Operação Suserano, deflagrada pela Polícia Civil em 2024.
"Eu acho que a parte da denúncia faz parte. Qualquer agente político que recebe uma denúncia tem que encaminhá-la. É obrigatório com risco de prevaricar então tem que encaminhar para frente. Agora, o que foi errado foi a condução desse processo. Se envolveu o nome de deputados fantasiosos. Avallone, R$ 10 milhões. Não existe emenda do Avalone de R$ 10 milhões. A gente não conseguiu entender como esses números, informações apareceram dentro de um relatório", explicou.
O deputado também avaliou que essa situação não deve atrapalhar o projeto político de Pivetta, que sonha em ser o próximo '01' no comando do Estado. Também classificou como "fofoca" seu nome sendo colocado para disputar o Palácio Paiaguás em 2026. "Acho que isso não é algo que atrapalhe ou beneficie. Acho que está colocado na mesa, aí cada um faz a sua análise. [...] Isso aí [candidatura ao governo] é fofoca política. Isso aí tem todo dia", minimizou.
JJ
Segunda-Feira, 07 de Julho de 2025, 08h34