O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL) comentou a sugestão do colega Dilemário Alencar (UB) em realizar condução coercitiva de duas testemunhas de defesa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na comissão processante que o investiga. A medida foi proposta após os ex-secretários de Saúde, Milton Corrêa da Costa Neto e Célio Rodrigues, que se negaram a participar da primeira oitiva realizada nesta segunda-feira (13).
Questionado nesta terça-feira (14) o presidente da Casa das Leis afirmou nunca ter visto isso em sua vida. "Não é normal você promover condução coercitiva de testemunha de defesa. É normal você promover condução coercitiva de testemunha de acusação. Eu nunca vi isso em processo nenhum na minha vida", comentou.
Os dois são testemunhas de defesa arroladas pelo gestor cuiabano na investigação do Parlamento Municipal. No entanto, a dupla não apareceu para prestar esclarecimentos e apenas a ex-servidora Hellen Cristina da Silva foi ouvida pelos membros da comissão e alguns vereadores de oposição como Dilemário e Demilson Nogueira (PP).
"Se a testemunha de defesa não vem, é pior para o réu, essa é a oportunidade para que o réu tenha alegações em se favor que lhe defenda, se o réu não traz essas testemunhas e se as testemunhas não vêm, não tem que se falar em condução coercitiva", enfatizou o legislador.
O comentário dá respaldo para o relator da comissão, vereador Rogério Varanda (PSDB), que durante a sessão ordinária criticou a atitude de Dilemário por ele tentar "surfar" na investigação. "Não venha querer se aparecer em cima de mim. Tem vereador que acha que pode fazer mais do que deve, acha que a nossa obrigação é buscar testemunha em casa, mandar a polícia e não funcionar assim comigo", disparou Varanda.
Das Alterosas
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