Jorge Pinho - Secom Cuiabá

 

Conhecido por pautas polêmicas e ideológicas, o deputado federal Abilio Brunini (PL) desconversou quando questionado se sua atuação de enfrentamento e embate poderia prejudicar sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá. Em sua avaliação, quem não gosta dele é porque é corrupto ou "militante de corruptos". 

"O que eu vejo é que os corruptos me odeiam e os militantes dos corruptos me odeiam ainda mais. Toda a minha briga, tanto na Câmara Federal, quanto em Cuiabá, sempre foi contra a velha classe política, que domina a Prefeitura, a Assembleia, o Governo do Estado. A velha política loteia cargos e coloca militantes, não pessoas comprometidas, pessoas que às vezes ficam na internet, atacando a gente", acusou o pré-candidato em entrevista ao Jornal de Meio Dia, da TV Vila Real, na última sexta-feira (7). 

Ainda nessa linha de criticar a corrupção, que segundo Abilio é a marca registrada da atual gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e precisa ser combatida, o parlamentar comentou que o crime organizado cria cada vez mais tentáculos na política, inclusive com facção criminosa tentando eleger vereadores e até mesmo podendo tentar fazer o mesmo com um prefeito. "Dentro do União Brasil eu tenho amigos como o Fábio Garcia, e um excelente relacionamento com o governador Mauro Mendes. Eu disse que esses criminosos, de forma esperta e maldosa, estavam se aproximando do União Brasil. Eu não estou dizendo que o partido é responsável. Estou dizendo que algo tem lá dentro, algum político tem lá dentro e que estava atraindo esses criminosos para a construção de um projeto político", explicou.

De acordo com ele, recentemente o partido teria filiado membros do Comando Vermelho para disputar a Câmara de Cuiabá neste ano. "Parece que eles já estavam investigando essa situação, sabiam que alguns faccionados estavam promovendo o esporte amador, ações de assistências sociais, voltados a lançar candidatura de vereador, e pode ser que estavam buscando um candidato a prefeito também", sugeriu o bolsonarista. 

Ainda durante a entrevista, o congressista rebateu uma declaração do governador, na qual o gestor disse que Brunini não reúne as melhores condições para ser prefeito de Cuiabá. Para o deputado a fala seria apenas um posicionamento político temporário devido ao pleito deste ano e relembrou que em 2020 Mendes o apoiou.

Para ele, o grupo ligado a Botelho teria pressionado o chefe do Paiaguás para que ele fosse o escolhido. "O candidato era o Fábio Garcia, Botelho é o que sobrou. É a pressão de uma máquina que é movida por um grupo de partidos políticos e que pressionou o Mauro. Só que Botelho é o presidente da Assembleia que domina o orçamento do Governo do Estado e diz o que deve fazer ou não. Separando uma coisa da outra, vejo que o que preocupa Cuiabá é a continuidade da gestão do Emanuel Pinheiro. E se a maioria dos vereadores que apoiam o Emanuel estão com o Botelho, acredito que o que preocupa é esse grupo continuar no poder", encerrou.