O senador Jayme Campos (DEM) fez coro com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e condenou veementemente as falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) sobre o possível retorno do AI5 — restritivo de direitos e que marcou o início do golpe militar dado em 1964.
“Essa guerra travada hoje entre o poder Executivo e a imprensa brasileira, não é saudável para o regime democrático. Ninguém coaduna com esses princípios. Haja vista que já tem hoje uma movimentação no Congresso Nacional. Vejam, na Folha de São Paulo, a fala do presidente Rodrigo Maia [DEM], que já está se articulando, para dar tranquilidade à imprensa nacional e, sobretudo, dar o direito à liberdade de expressão”, disparou o também ex-governador de Mato Grosso.
Para ele, o governo federal de turno tem se perdido num mar de balbúrdia generalizada. E com todos se estapeando. “De fato, eu acho que estão extrapolando, na medida em que, no Brasil, o que você vê hoje é uma rede de fuxico e fofoca. Vamos ser honestos. Todo dia tem um fato novo que acontece”, continuou.
Depois, foi ainda mais incisivo e disse textualmente que toda a classe política é obrigada a submeter-se à Constituição Federal e suas regulações e em ambas estão previstos o respeito e a manutenção da livre imprensa. “Particularmente, tem que se respeitar a imprensa brasileira e qualquer imprensa do mundo, tendo em vista que é um instrumento, um porta-voz legítimo da sociedade”.
Na sequência, questionado diretamente se o Senado não iria se posicionar formalmente quanto à gravidade da declaração do filho do presidente — referendada inclusive pelo irmão e senador Flávio Bolsonaro (PSL), que criou a hasthag “AI6” no Twitter, reclamando da possiblidade de cassação de Eduardo —, o presidente do Conselho de Ética do Senado foi taxativo.
“Não existe nem comporta [essa ideia de AI5]. Lá é uma Casa livre. Estou feliz de ver que lá a democracia está sendo feita em sua plenitude. Como é que podemos querer um país com democracia com você tolhindo, fazendo uma mordaça na imprensa nacional, seja de uma maneira, seja de outra? Isso não é e nunca foi bom. Isso aí caminha, inclusive, contrário às próprias forças federais, porque eu vi as declarações de alguns generais dizendo que não concordam com essas ameaças. Ninguém concorda”, diz.
Para encerrar o assunto, o também ex-prefeito de Várzea Grande, no exercício do segundo mandato não consecutivo no Senado Federal, usou a própria biografia para reforçar o quanto considera grave qualquer movimentação, mesmo ideológica, no sentido do totalitarismo.
“O Senado é uma Casa livre. Sonhamos com isso a vida inteira. Eu, particularmente, vi o início do regime autoritário ainda rapaz jovem. Sempre sonhei que viesse um dia a acontecer a democracia. Até porque, em 1964, quando implantaram o regime militar, era só um garoto de 13 anos de idade, e aquilo era um sonho meu, ter democracia plena, que só aconteceu por volta de 1985, com a volta da redemocratização no Brasil. Agora, voltarmos com os mesmos meios, as mesmas ferramentas, para impedir novamente que a imprensa seja livre? Isso não prevalece no mundo inteiro”, pondera.
“E aonde quiseram fazer isso, os regimes caíram. Então eu espero que isso seja acomodado, prevaleça o bom entendimento, o bom diálogo e sobretudo a verdade. É isso que todos nós queremos”, conclui líder dos Democratas.
pantanal
Sábado, 02 de Novembro de 2019, 16h17Marcos Paulo
Sábado, 02 de Novembro de 2019, 16h10Roberto
Sábado, 02 de Novembro de 2019, 13h03Igor
Sábado, 02 de Novembro de 2019, 11h10pantanal
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 17h58UMA. VERGONHA
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 17h25VALTER BARGANHOS
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 16h58Sinfronio
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 15h24Moreira
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 15h17Sonia
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 14h59Marcio
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2019, 14h56