Política Quinta-Feira, 15 de Maio de 2025, 15h:02 | Atualizado:

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INSS

Senador de MT questiona ministro sobre devolução de dinheiro

 

Da Redação

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O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, compareceu nesta quinta-feira (15) ao Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que envolveu descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. A audiência ocorreu na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) e foi marcada por debates acalorados entre o ministro e senadores da oposição.

Durante a sessão, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) expressou profunda preocupação com os impactos do escândalo sobre os aposentados, destacando que os idosos estão “angustiados por soluções” e cobrou explicações sobre como será feito o ressarcimento dos valores desviados. Ele criticou a possibilidade de que os próprios recursos dos beneficiários sejam usados para reparar os prejuízos causados pelas fraudes.

“Se temos o INSS quebrado, a Previdência do Brasil não tem mais condições de honrar. E aí, quem vai devolver esse dinheiro? Até agora o que a gente ouviu é que o próprio INSS vai devolver. É isso? O dinheiro dos aposentados é que vai ser usado para devolver a falcatrua, o roubo?”, questionou o senador.

O ministro da Previdência afirmou que a primeira devolução não saiu dos cofres do INSS, mas sim de valores que haviam sido descontados dos próprios aposentados no mês de abril e que ainda não tinham sido repassados às entidades suspeitas. Segundo ele, esses valores foram retidos e redirecionados de volta aos beneficiários, configurando a devolução do que sequer havia sido transferido.

“Essa primeira devolução que foi feita, de R$ 260 milhões, foram os descontos realizados no mês de abril. […] Então esse não é dinheiro do INSS, é um dinheiro que foi descontado dos aposentados e que está voltando para os aposentados”, disse Wolney.

O ministro destacou ainda que o presidente Lula determinou que os fraudadores sejam responsabilizados pelo ressarcimento. De acordo com ele, R$ 2,5 bilhões já foram bloqueados de suspeitos, e as investigações continuam em busca de novos valores. “A prioridade absoluta vai ser que os fraudadores banquem o ressarcimento dos aposentados. Mas, em último caso, o governo vai procurar uma forma de custear essas despesas, porque o presidente Lula disse que nenhum aposentado ficará no prejuízo”, acrescentou.

Fagundes reforçou que o ressarcimento aos aposentados não pode, em hipótese alguma, recair sobre os próprios beneficiários. “Os velhinhos e as velhinhas deste país não podem pagar pela irresponsabilidade e pelo roubo de quem se aproveitou da fragilidade de um sistema. Vamos cobrar até o fim que os culpados sejam punidos e que o dinheiro volte para quem é de direito”, ressaltou.





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