Após ser alvo de críticas de bolsonaristas por ter votado a favor do projeto de Lei que retoma o Seguro Obrigatório para Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), no Senado, o senador Jayme Campos (União) respondeu dizendo que "luta por direito da classe trabalhadora". 

A proposta foi aprovada, na quarta-feira (8), por 41 votos favoráveis e 28 contrários. Era necessário o apoio mínimo de 41 senadores. Jayme Campos foi o único senador de Mato Grosso que votou a favor. O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), colocou 'nas costas' do congressista a aprovação. 

"Eu considero que se hoje tem o aumento do DPVAT, esse imposto, é por causa do Jaime Campos, porque se ele votou contra, esse aumento não seria aprovado. Por um voto, o voto do Jaime, esse aumento foi aprovado. Infelizmente, ele que tanto me ataca falando de cebolinha, ele contribuiu para que cada um dos mato-grossenses e dos brasileiros pagassem o aumento do imposto do DPVAT", disparou o bolsonarista. 

Em sua explicação, Campos se defendeu dizendo que estão fazendo 'politicagem' com o tema. "O que estão fazendo é politicagem que não existe. É R$ 50 por ano, dá R$ 4, 33 por mês. Será que o trabalhador não quer pagar R$ 4,33 para dar segurança para o seu familiar? Votei consciente, sabedor da minha responsabilidade e ninguém vai me impedir de votar o que é bom para o Brasil. Estou despreocupado, porque estamos defendendo o interesse do trabalhador", amenizou o senador. 

O seguro obrigatório foi extinto em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A nova lei deve injetar R$ 15,7 bilhões nos cofres do Governo Federal sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar disso, Jayme Campos ressaltou que 40% do montante irá para a área da Saúde, mais especificamente para o Sistema único de Saúde (SUS).

"Estão criando uma fake news. O DPVAT é o que cuida dos pobres porque rico tem seguro particular. O DPVAT voltou porque qualquer acidente que tivesse de moto ou de carro, o DPVAT tinha um percentual que dava para  o cidadão que se acidentou e isso deixou de existir por falta de político. Eu votei porque sei que 40% do arrecadado do seguro vai para o SUS e os demais para cobrir os acidentes que ocorrem no país", justificou o cacique do União Brasil.