O Senado Federal pretende votar amanhã (25) o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de parlamentares da Câmara dos Deputados, fazendo com que Mato Grosso ganhe mais 2 representantes. Os senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) garantem que votarão contra a proposta.
O projeto já foi aprovado pela Câmara, onde apenas dois dos 8 deputados federais de Mato Grosso votaram favoráveis e agora será a vez dos senadores. Caso aprovado, o custo anual para as 18 novas cadeiras terá um impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões.
Para Jayme Campos o aumento do número de deputados federais, e, consequentemente os de estaduais no Brasil, seria ‘irresponsável’ em meio à crise econômica.
“Os Estados Unidos têm 331 milhões de habitantes e 430 deputados. Nós, com 200 e tantos milhões, temos 513. Isso é um absurdo” - ele afirmou. O senador destacou que, em vez de criar novas vagas, o correto seria redistribuir as existentes, conforme prevê a legislação.
Welington Fagundes segue a mesma linha ao rejeitar a proposta. “Aumentar a gastança, jamais. O povo não aguenta mais pagar imposto, aumentar a taxa tributária e não ver o serviço chegando lá na casa do cidadão, na rua do cidadão”, disse o liberal.
Já a senadora Buzetti adiantou o seu voto à imprensa logo que o projeto foi aprovado na Câmara em maio. “Já adianto o meu voto. Votarei não, quando esta proposta chegar ao Senado. Vejo muitos colegas parlamentares criticarem o corporativismo do Judiciário. O aparelhamento do Executivo, mas quando a mudança é no Legislativo, vale tudo? Tenha santa paciência”, disse a senadora.
Caso seja aprovada do jeito que está, automaticamente haverá um aumento de 6 cadeiras na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT),passando de 24 para 30,já que a legislação prevê que para cada parlamentar federal, as Assembleias têm direito a 3 deputados estaduais. O custo aos cofres públicos de Mato Grosso será de cerca de R$ 6,8 milhões por ano, incluindo salários e verbas indenizatórias.
O projeto para aumentar as vagas de deputados federais foi proposto após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que obrigou o Congresso Nacional a redistribuir as cadeiras da Câmara com base no Censo 2022, realizado pelo IBGE.
OLIVIO NETO
Terça-Feira, 24 de Junho de 2025, 13h59