Sete vereadores da Câmara de Cuiabá pediram para que a Mesa Diretora acione a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar contra o colega Paulo Henrique (MDB), alvo da Operação Ragnatela, da Polícia Federal, que investiga a lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV) por meio de casas de shows cuiabanas. A operação foi deflagrada na última quarta-feira (5) pela Polícia Federal e investiga um esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho usando quatro casas noturnas de Cuiabá com o envolvimento de servidores públicos, promoters, vereador, blogueiras e até policiais penais que facilitavam a entrega de celulares em um presídio que auxiliava a comunicação dos criminosos.
O documento foi protocolado nesta segunda-feira (10) e assinado pelos veredores Maysa Leão (Republicanos), Eduardo Magalhães (Republicanos), Michelly Alencar (UB), Dilemário Alencar (UB), Dr. Luiz Fernando (UB), Sargento Joelson (PSB) e Demilson Nogueira (PP). Para os legisladores o caso é grave. "Os vereadores abaixo assinados solicitam a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá que o grave caso que envolve o nome do vereador Paulo Henrique seja remetido à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para os devidos encaminhamentos, devendo a apontada Comissão emitir parecer sobre o caso, observado o devido processo legal e o direito de ampla defesa e do contraditório ao Parlamentar", pede o documento.
Paulo Henrique também é suspeito de receber propina da organização criminosa. O coordenador de cerimonial da Câmara Municipal, Rodrigo de Souza Leal, foi preso por agentes de segurança.
Outro alvo preso na operação, Willian Aparecido da Costa Pereira, o "Gordão", era nomeado como assessor externo justamente no gabinete de Paulo Henrique com salário R$ 3,3 mil. "Gordão" foi admitido no dia 11 de março deste ano e exonerado hoje após a operação. Já Rodrigo Leal, que tinha salário de R$ 5 mil, foi admitido em 09 de janeiro de 2023 e exonerado hoje.
RAGNATELA
As investigações apontaram que os estabelecimentos eram usados por lideranças do Comando Vermelho para lavagem de dinheiro do crime organizado. Uma dessas casas, a antiga Dallas, que funcionava na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, foi adquirida pelo CV pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie.
O papel dos agentes públicos era facilitar a concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Conforme as investigações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT), comandada pela Polícia Federal, o Sindarf teria recebido R$ 10,5 mil em telhas “doadas” por Willian Aparecida da Costa Pereira, o “Gordão”, um dos donos do Dallas Bar - ligado ao CV, e utilizado para lavagem de dinheiro.
Paulo vitor
Terça-Feira, 11 de Junho de 2024, 06h45João da Costa
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 20h16RODRIGO DIAS
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 19h45Marcos
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 18h09Véio de VG
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 17h43Sérgio
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 16h51MARIA TAQUARA
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 16h47Alencar
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 16h37João Batista
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 16h32Jota2024
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 16h12JOSELY
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 15h58Carlos
Segunda-Feira, 10 de Junho de 2024, 14h56