STF manda prender 2 golpistas em Cuiabá por romper tornozeleira

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que mais dois golpistas de Mato Grosso, suspeitos de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, deverão voltar para a prisão. Os dois, que são moradores de Cuiabá, estavam soltos através da concessão de medidas cautelares, mas por a descumprirem, tiveram o benefício revogado.

As medidas foram impostas pelo ministro contra Paulo Roberto de Moraes Delgado e Reginaldo Silveira, ambos moradores de Cuiabá. Os dois são suspeitos de participarem dos atos golpistas que resultaram na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do próprio STF, em Brasília.

Os dois chegaram a ser preso por conta do episódio, mas ganharam a liberdade em 2023, através da imposição de medidas cautelares, como por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, foram constatadas diversas irregularidades cometidas pelos suspeitos, que resultaram na determinação da prisão, pelo ministro, que também determinou o bloqueio imediato das contas bancárias e demais ativos financeiros dos réus, além do bloqueio de bens móveis e imóveis.

A decisão aponta que Paulo Roberto de Moraes Delgado, que mora no bairro Quilombo, na capital, teria cometido 23 ocorrências em relação ao uso de sua tornozeleira eletrônica. De acordo com um relatório da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso, ele teria efetuado o rompimento da cinta, detecção de corpo, fim da bateria e bateria baixa.

Em relação a Reginaldo Silveira, morador do CPA 2, o ministro pontuou que foram registradas 73 irregularidades cometidas pelo golpista, relativas as medidas cautelares. Entre elas, estão a de Movimento sem sinal de GPS; sem sinal de GPRS; rompimento da cinta (tRom) e bateria baixa.

Por conta das infrações, os dois voltarão a ser presos. “Observo que os réus insistem em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, revelando seu completo desprezo por esta Suprema Corte e pelo Poder Judiciário. Importante destacar que a possibilidade de restabelecimento da ordem de prisão foi expressamente consignada na decisão que substituiu a custódia por medidas cautelares diversas”, diz a decisão.