Taques lembra Dante; cita Bíblia e avisa que "MT não voltará ao passado de Silval"

 

Na convenção partidária que homologou sua candidatura a reeleição ao Governo do Estado, o governador Pedro Taques (PSDB) deixou claro que o eixo de sua campanha será o discurso de que “Mato Grosso não pode voltar para trás”. Para ele, os dois principais adversários – ex-prefeito Mauro Mendes (DEM) e o senador Wellington Fagundes (PR) – tem ligações estreitas com o grupo político do ex-governador Silval Barbosa, que confessou ter desviado recursos públicos durante sua gestão a frente do Palácio Paiaguas.

“Tenho fé que estamos no caminho certo. Mato Grosso não pode voltar para trás, Mato Grosso tem que seguir pra frente. Mato Grosso vai resolver os problemas da sociedade”, disse o governador para os milhares de militantes que compareceram a convenção realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso.

O tucano, porém, reconheceu que o pleito será “duro” e prevê onda de ataques durante a campanha. Porém, ele garante estar preparado e usou a frase principal do “Salmo 91” para dar o recado aos adversários. “Tentam me acusar de coisas que não fiz. Tentam me desanimar, dizer que nós somos incompetentes, dizer que estamos isolados. Não me interessa o que dizem, porque mil cairão do lado, 10 mil a esquerda, mas nada nos atingirá”, afirmou.

Pedro Taques colocou que as novas ferramentas de comunicação, principalmente as redes sociais, serão utilizadas nestas eleições “para o bem ou para o mal”. “Passaremos por momentos difíceis. Teremos memes, fakenews, teremos mntiras. Mas para cada mentira, teremos mil verdades”, assinalou.

Taques fez uma rápida análise da gestão, apontando avanços na área da Educação e Segurança Pública. Também citou a Caravana da Transformação, que realizou cerca de 70 mil cirurgias oftalmológicas. 

Porém, reconheceu que o Estado ainda tem muitas necessidades. Ele disse que não conseguiu avançar mais pela forma como encontrou o Estado e em função da crise econômica que assolou o país a partir de 2016. “Nós estamos superando essa fase. Eu tenho falado cada vez menos e trabalhado cada vez mais”, pontuou.

MENOS É MAIS

Na convenção, o governador também mencionou a chapa majoritária que terá nas eleições. Ele destacou o desprendimento do candidato a vice, o produtor rural Rui Prado. “Rui tinha campanha consolidada para deputado federal, mas ele compreendeu que Mato Grosso tem que seguir pra frente. E será muito importante”, elogiou.

Sobre os candidatos ao Senado, citou que a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) é uma incansável na luta contra a corrupção no país. Já sobre Nilson Leitão, lembrou que é um dos deputados federais de maior relevância para o PSDB e para o Brasil.

Também destacou a “lealdade” do correligionário, que seguiu lhe apoiando quando muitos aliados “deixaram o barco”. Neste momento, também exaltou os partidos aliados, que mantiveram apoio a sua gestão mesmo com as dificuldades por conta da crise financeira. “Enquanto muitos deixaram o barco por medo, enquanto muitos desanimaram, você não desanimou. Eu você, a Selma e muitos aqui, vamos mostrar que na política, o menos pode ser mais. E o menos é mais”.

Ele ainda deu uma “leva alfinetada” na magistrada aposentada. Na última semana, ela gravou um vídeo onde disse que os simpatizantes dela estariam liberados para votar no candidato ao Governo e o segundo voto ao Senado de outra chapa.

O episódio gerou desconforto entre os tucanos, que chegaram a sugerir a saída dela do grupo, o que acabou sendo contornado. Na convenção, Taques garantiu que defenderá a chapa completa. “Não deixo de pedir voto para o Nilson Leitao e para a Selma. Vocês têm a minha lealdade”, completou.

PRIMOS PRESOS

Em seu discurso, Taques ainda aproveitou para fazer do nome da sua família. Nos últimos meses, o tucano teve familiares sendo atacados, pricnipalmente por conta das prisões dos primos, os advogados Paulo Taques e Pedro Jorge Taques, acusados de participarem de um esquema de desvio de recursos no Detran de Mato Grosso. "Tentaram manchar até a honra da minha família, mas não vão conseguiur jogar o nome da minha família na lama", desabafou.