O Tribunal de Justiça de Mato Grosso arquivou a investigação do suposto pagamento de propina de R$ 80 milhões para definição das empresas que executariam a obra do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande. A decisão foi do presidente da corte, desembargador Orlando Perri.
A denúncia de irregularidade na licitação do VLT foi feita jornalista Vinícius Caetano Segalla, do site UOL. Segundo ele, o valor pago a autoridades do Estado seria de R$ 80 milhões. A fonte do jornalista foi o lobista Rowles Magalhães, que trabalhava a época como assessor do vice-governador Chico Daltro (PSD).
Para embasar sua decisão, o desembargador seguiu relatório elaborado pelos promotores Marco Aurélio de Castro, Clóvis de Almeida Júnior e Arnaldo Justino da Silva, do Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo eles, apesar de haver elementos robustos para início de investigação, no decorrer do processo, eles não foram confirmados. As informações prestadas pelo jornalista e pelo lobista não se confirmaram, o que justificou a recomendação pelo arquivamento. “O que se tem são versões conflitantes apresentadas por Vinícius Caetano Segalla e Rowles Magalhães. O primeiro afirmando ter ouvido do segundo que houve pagamento de propina a agentes públicos por ocasião da escolha do modal de transporte VLT, fato este negado veementemente por Rowles”, diz o relatório.
Além de negar o pagamento de propina aos vencedores da licitação, Rowles denunciou aos promotores que foi chantageado pelo o jornalista não divulgar reportagens sobre irregularidades no VLT.
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