O desembargador Hélio Nishyiama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), manteve a prisão de apenas um dos investigados na organização criminosa formada por um núcleo familiar que operava um esquema de fraudes em licitações em cidades do estado. O grupo detém R$ 1,8 bilhão em contratos públicos e foi alvo da Operação Gomorra, que cumpriu seis mandados de prisão temporária na última quinta-feira (11).
Segundo informações obtidos pelo FOLHAMAX com absoluta exclusividade, Jânio Correa da Silva, Edézio Correa, Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Waldemar Gil Correa Barros, Roger Correa da Silva e Eleide Maria Correa, enquanto proprietários das empresas Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda., Centro América Frotas e Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda, integravam o esquema. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, Edézio Correa, é a figura central da organização criminosa, constituída para fraudar licitações, existindo elementos que dão conta que é ele quem, efetivamente, participa das operações das empresas Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e Centro América Frotas, todas com fortes indícios de participação em fraudes a procedimentos licitatórios.
Por conta disso, ele foi o único que teve a prisão temporária mantida pelo desembargador, que ainda pode convertê-la em preventiva até o final desta semana. De acordo com as investigações da Operação Gomorra, a atuação do grupo pode ter atingido dezenas de municípios em todo o Estado, pois grupo detém R$ 1,8 bilhões em contratos públicos com câmaras e prefeituras do Estado.
Já os outros cinco detidos, cumpriram os cinco dias de prisão temporária e o MP-MT optou por não pedir a extensão da medida por mais cinco. A tendência é que novas fases aconteçam ainda neste ano diante dos fortes indícios de corrupção.
Rubens Tadeu Reynaud
Terça-Feira, 12 de Novembro de 2024, 11h18Batman
Terça-Feira, 12 de Novembro de 2024, 08h03