Política Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2024, 15h:45 | Atualizado:

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PANACEIA

TRF flagra “erro técnico” e suspende operação em hospital de MT

Três alvos questionaram operação ser determinada por juíza federal

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Marcus Vinícius Reis Bastos, suspendeu no final da manhã desta quinta-feira (19) o inquérito da Polícia Federal que investiga fraudes na Saúde de Mato Grosso para prestação de serviços de UTI para pacientes do Covid-19 no Hospital Regional de Cáceres (222 Km de Cuiabá). O valor do negócio é de R$ 2,1 milhões e o magistrado baseou a decisão pelo fato das investigações e relatórios financeiros da PF citarem o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo.

Os autos são derivados da Operação Panaceia, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que no último dia 6 de dezembro cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Cáceres e também em Cuiabá. Os investigados sofreram um bloqueio de R$ 5,5 milhões em contas e bens.

Nos autos, três dos alvos da Operação Panaceia - Marcon Antonio Rondon Silva, R. Rivero Zarraga Ltda e Roxana Rivero Zarraga -, alegaram incompetência da Justiça Federal em primeiro grau para conduzir o inquérito. Segundo eles, o caso deveria ser julgado pelo Tribunal Regional Federal devido a citação da autoridade com prerrogativa de foro no TRF.

O desembargador concordou com as argumentações dos três alvos. "Cumpre observar que, sem embargo de a portaria de instauração de inquérito não mencionar a participação, existe no caderno investigatório menção à existência de investigação em seu desfavor, desde fevereiro de 2024, ao menos, o que acarreta o imediato deslocamento de competência para esta Corte. A investigação, contudo, permaneceu sob a supervisão da autoridade judiciária de primeiro grau", citou Marcus Vinícius Reis Bastos.

O magistrado destacou a possibilidade da Operação Panaceia ter sido deflagrada de forma ilegal e suspendeu não só o inquérito, como também o trâmite do processo, até a análise do mérito sobre a questão. “Cumpre observar que, sem embargo de a portaria de instauração de inquérito não mencionar a participação do Secretário Estadual, existe no caderno investigatório menção à existência de investigação, desde fevereiro de 2024, ao menos, o que acarreta o imediato deslocamento de competência para esta Corte. A investigação, contudo, permaneceu sob a supervisão da Autoridade Judiciária de primeiro grau”, explicou o desembargador.

As investigações tiveram início a partir de informações recebidas pela PF, que solicitou à CGU no Estado de Mato Grosso que promovesse uma auditoria em determinadas contratações do Hospital Regional de Cáceres/MT. Durante o trabalho, verificou-se a existência de relacionamentos entre as pessoas vinculadas às empresas contratadas e a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), e entre as pessoas que compõem os quadros societários das empresas participantes de processos de contratação do Hospital Regional.

A soma dos recursos federais destinados às empresas do grupo empresarial envolvido nas apurações totalizou cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024.

OUTRO LADO

O secretário de saúde Gilberto Figueiredo se manifestou por meio de nota informando que prestará todos os esclarecimentos sobre as transações bancárias realizadas entre ele e o filho, pois ocorreram de forma legal.

ALVOS DA OPERAÇÃO

a) Onair Azevedo Nogueira;

b) Caroline Campos Dobes Conturbia Neves;

c) Priscila Parreira Duarte de Menezes;

d) Guilherme Grassani Silva;

e) Virgínia Scaff Gonçalves;

f) Marco Antônio Rondon Silva;

g) Roxana Rivero Zarraga;

h) VS Assistência Médica Ltda ou V Scaff Gonçalves & Cia Ltda;

i) Equipe Atendimento Médico de Urgência Ltda;

j) Multimed Serviços Médicos Ltda;

l) Medical Care ou R. Rivero Zarraga Eireli;

m) Medclin Serviços Médicos Ltda;





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Comentários (4)

  • Luis

    Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 07h23
  • Isso é revoltante, pois demonstra o poder do atual Gestor Executivo que mexe as peças do tabuleiro para encobrir Corrupções, em todas as áreas de seu Governo. Quando esse período negro de Modelo Gestão Corrupta passar, muita sujeira virá à tona.
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  • Competência

    Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2024, 19h47
  • A Polícia Federal mostrou, através de investigações que existe corrupção No Hospital Regional de Cáceres, tem autoridade com prerrogativa De foro, sabemos que à Polícia Federal é a Polícia mais respeitada do Brasil, comparada à Polícia dos Estados Unidos - FBI, e outros países. Estamos falando de muito dinheiro desviado para à corrupção.
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  • Carlos

    Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2024, 18h09
  • Isto que está errado no país, quem paga por isto agora, a imagem foi destruída. Os donos da lei vão curtir camburiú e está tudo bem né
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  • antonio homero

    Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2024, 16h18
  • Não estão mais sabendo investigar né que coisa.
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