O deputado estadual Paulo Araújo (PP) e o vereador por Cuiabá Demilson Nogueira (PP) oficializaram o pedido de intervenção estadual na Saúde Pública da Capital. Com oito assinaturas, o documento da Câmara foi entregue nesta terça-feira (27), junto ao gabinete do governador Mauro Mendes, no Palácio Paiaguás.

Já o pedido de Araújo não conseguiu fazer com que os colegas parlamentares se comprometessem a se  mobilizar para pedir intervenção ao Governo de Mendes. O deputado tentou, mas conseguiu colher apenas de sete deputados reeleitos e outros 3 que foram derrotados nas urnas. No entanto, ele acabou protocolando também o pedido nesta terça.

Na Câmara, além de Demilson Nogueira, assinaram o documento os vereadores Diego Guimarães (Republicanos), Dilemário Alencar (Patriota), Sargento Joelson (PSB), Michelly Alencar (União), Eduardo Magalhães (Republicanos), Maysa Leão (Republicanos) e Dr. Luiz Fernando (Republicanos).

“Nós estamos apontando todos os desacertos e desarranjos que estão acontecendo na saúde e nos estamos pedindo a intervenção na saúde. É dever da Câmara Municipal tomar uma atitude. Tem alguns colegas que decidiram pela não intervenção, nós respeitamos a opinião, mas convidamos eles ir nas UPAs e Policlínicas pra verem o que o povo está passando, que de repente eles vão mudar de ideia”, disse Nogueira.

O parlamentar ainda chamou atenção para o novo relatório de inspeção feito pelos Conselhos Federal e Regional de Farmácia constatou 4.386.185 de comprimidos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC). O levantamento dos dados foi feito a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

“Ontem tivemos mais uma denúncia de medicamentos vencidos. Ai quando alguém denuncia a gestão, o primeiro ato do prefeito é ‘vou abrir um PAD’, ou seja, ele não resolve o problema, não tem uma solução, mas ele quer punir aquele servidor que conta o que está acontecendo”.

Os dois pedidos agora se somam ao do Ministério Público Eleitoral (MPE), também pedindo intervenção na Saúde de Cuiabá, junto ao Poder Judiciário de Mato Grosso. Na última semana o procurador-geral José Antônio Borges, emitiu um novo ofício pedindo urgência na análise do pedido.