Política Quinta-Feira, 14 de Novembro de 2024, 17h:25 | Atualizado:

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Vereador teria usado dinheiro do CV para "comprar" Conselho

Informações foram obtidas em interceptações telefônicas

Da Redação

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Chico Ferreira  

paulo henrique- publicare-ragnatela

 

A denúncia da Operação Pubblicare, que culminou na prisão do vereador afastado, Paulo Henrique (MDB), no dia 20 de setembro, revelou que ele teria tentado "comprar" apoio para candidatos à vaga de conselheiro tutelar de Cuiabá. De acordo com interceptações telefônicas feitas durante a investigação, foram constatadas também transações financeiras e operações suspeitas que apontam para um sistema de lavagem de dinheiro e corrupção. 

Paulo Henrique contatou Ronnei Antônio da Silva, responsável pelo bar Quiosque Xomano, no bairro CPA, e solicitou apoio financeiro para os candidatos à vaga de conselheiro tutelar. Durante a conversa no WhatsApp, o emedebista lembrou que já havia recebido auxílio financeiro de Willian Aparecido, vulgo 'Willian Gordão', membro do Comando Vermelho e dono de empresas envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro da facção, e de Rodrigo Leal, seu ex-assessor. Gordão teria enviado R$ 500, e Leal, R$ 1.000 e Ronnei R$ 300.

A denúncia aponta ainda a estreita relação de Figueiredo com Gordão e Leal, membros do Comando Vermelho. "Ainda, em 29 de outubro de 2023, o vereador Paulo Henrique entra em contato com Ronnei, solicitando apoio financeiro para os candidatos à vaga de conselheiro tutelar, a qual colaborou com R$ 300,00 (trezentos reais), além de ficar evidente nos valores enviados por Willian Gordão e Rodrigo Leal que tinham uma relação próxima com o vereador”, diz trecho da peça acusatória. 

LAVAGEM DE DINHEIRO

Ainda conforme a acusação, assinada pelo promotor e coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Adriano Roberto Alves, o vereador Paulo Henrique era a liderança do Comando Vermelho responsável por praticar corrupção e lavagem de dinheiro, recebendo propinas de promotores de eventos na Capital, num esquema utilizava casas noturnas, como por exemplo a Dallas Bar, adquirada inclusive por R$ 800 mil em espécie pela facção, para lavar o dinheiro obtido. 

Paulo Henrique, que presidia o Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Município (Sindarf), é acusado de usar sua influência política e com fiscais municipais para facilitar eventos promovidos pela facção em casas noturnas, inclusive com pagamentos regulares entre o sindicato e a empresa Expresso Lava Car, cujo dono é William Gordão. Os valores totalizam R$ 67,9 mil. 

Entre 2021 e 2024, foram repassados um total de R$ 99,7 mil, distribuídos em R$ 15 mil entre Paulo e empresas de William Gordão (Expresso Lava Car e Complexo Beira Rio Eventos), R$ 2 mil recebidos da empresa Dom Carmindo, R$ 2,5 mil transferidos para o Dallas Bar (também de Gordão), R$ 67,9 mil de transações entre o Sindarf e a Expresso Lava Car, R$ 10,5 mil em aquisição de telhas para o Sindicato pela Expresso Lava Car e por fim R$ 1,8 mil de Paulo Henrique a William Gordão

“Verifica-se que, o vereador Paulo Henrique de Figueiredo era a liderança do CV responsável pela prática de corrupção e lavagem de dinheiro, através de propinas recebidas de promotores de eventos em Cuiabá/MT, sendo a maioria deles integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, que se utiliza de casas noturnas para também lavar dinheiro obtido com suas práticas criminosas”, consta a denúncia.

O ponto mais grave da denúncia envolveu uma ligação em grupo entre Figueiredo e Joadir Alves Gonçalves, o "Jogador", outra liderança forte do CV e alvo da Operação Ragnatela, para discutir a redução ou anulação do 'salve' (punição) aplicado ao ex-assessor de Figueiredo, Rodrigo Leal por ter trazido um show de um artista nacional que não era envolvido com o Comando Vermelho. 

Nesta semana, Paulo Henrique se tornou réu por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Ele segue afastado do cargo de vereador, do qual não foi reeleito este ano. Além disso, é monitorado por tornozeleira eletrônica e não pode frequentar a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil, ou qualquer órgão da administração pública direta ou indireta de Cuiabá. 





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Comentários (1)

  • Fábio

    Quinta-Feira, 14 de Novembro de 2024, 19h31
  • O Abílio que é o louco.
    2
    0











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