Vereadora de Cuiabá recusa Lula e Emanuel em palanque: "ou eles ou eu"

 

A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), disse que não quer ter a imagem associada ao presidente Lula (PT) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Ela passou a ser cotada para como uma possível vice do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB), na chapa das eleições da Capital, em 2024. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Capital Notícia. 

“Não gostaria de associar minha imagem ao presidente Lula. Da mesma forma como eu falo do prefeito Emanuel Pinheiro. O Lula tem muitas manchas e não representa novas formas de se fazer política. Sou uma pessoa que acredita na pluralidade, não quero um país só de direita, nem só de esquerda, nem de centro, acho que um país só é democrático se tiver pessoas que pensem de forma diferente”, declarou a parlamentar no dia 7 deste mês.

Recentemente, Eduardo Botelho teceu elogios ao petista. Além disso, o partido para onde deve migrar para viabilizar sua candidatura, o PSD, faz parte do arco de alianças do presidente em nível nacional. Contudo, caso o apoio de Lula e de Emanuel a Botelho se concretize, ele terá que dizer adeus a Maysa Leão, que deixou claro que não subirá no mesmo palanque. 

“É o presidente que está aí, foi legitimamente eleito, a gente tem que respeitar, mas não me representa. Se para Botelho o apoio de Emanuel for muito importante, a Maysa não estará com ele, pode o partido Republicanos sim, mas eu não acredito. Eu e o prefeito Emanuel jamais caminharemos juntos e se isso custar a vice sou super confortável a continuar a ser vereadora”, garantiu a vereadora, que no pleito de 2020 só conseguiu ficar na suplência e depois virou titular da vaga porque o correligionário Marcos Paccola teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar em outubro de 2022, por ter matado um servidor público com três tiros pelas costas. 

Maysa Leão lembrou os escândalos que o prefeito se envolveu, desde o escândalo do paletó, que repercutir nacionalmente, e também as 18 operações que ocorreram em quase sete anos de gestão. “Pelos meus princípios e valores morais e éticos eu entrei na política justamente por não concordar com o tipo de política que Emanuel Pinheiro faz, então eu jamais estarei ao lado dele”, enfatizou. 

“Isso não é pessoal isso é ao gestor, ele quem deixou a capital destruída, que tem 18 operações nas costas, desde o dinheiro do paletó, tem gente que já esqueceu, mas eu não esqueci”, finalizou.