Política Terça-Feira, 03 de Junho de 2025, 17h:02 | Atualizado:

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CUSTO EXTRA

Vereadora é contra pagar "colegas" afastados

 

ALLAN MESQUITA e FRED MOARES
Gazeta Digital

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A vice-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), declarou que o parlamento irá recorrer da decisão que determinou o pagamento de salários aos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), afastados dos cargos há um mês. Maysa defendeu que não há motivos para ressarcir os vereadores, que estão afastados por serem alvos de operação e questiona o parecer judicial.

Ambos parlamentares foram à Justiça exigir a remuneração e o pedido foi atendido pela juíza do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), Fernanda Mayumi Kobayashi.

Em entrevista nesta terça-feira (3), Maysa disse que, pelo regimento, durante qualquer afastamento ou licenciamento do cargo em caso de férias, a Câmara não paga os salários, já que não há trabalhos nas dependências do cargo. Por isso, reforça a disparidade na decisão da juíza. A republicana explica que a presidente da Casa, Paula Calil (PL) deverá nos próximos dias recorrer da decisão. 

“Eu fiquei surpresa com essa notícia, porque quando a gente tira licença, para assumir o suplente, a gente não recebe salário. Então, uma pessoa que está afastada, não cumprindo suas funções, não está vindo trabalhar, não há justificativa para que ele venha receber salário. A Câmara tem 27 vereadores, tem 27 vereadores em mandato aqui. A gente vai ter 29 vereadores recebendo salário. Então, eu pedi para a presidente Paula recorrer da decisão”, disse a vereadora.

Ao defender o recurso contra a decisão, Maysa disse que a motivação principal é "salvaguardar o dinheiro do povo cuiabano”, proteger os recursos públicos de um gasto que ela considera indevido. Maysa destaca que a Câmara fará um "estudo de impacto" da decisão, mas que, acima de tudo, é preciso tentar revertê-la.

“A gente vai fazer o estudo de impacto agora, porque a decisão chegou. Mas eu acredito que a gente tem que tentar de toda forma reverter a decisão. Não só pelo impacto orçamentário, porque o impacto orçamentário a gente pode se reorganizar e pagar essa conta, mas não é justo com o povo cuiabano pagar alguém que não está exercendo trabalho”, emendou.

Quanto a situação política de Chico e Joelson, Maysa pontou que, por ora, a Câmara é impedida de mover uma comissão processante para investigá-los porque ainda não receberam o inquérito policial da investigação.

“A gente precisa ter materialidade. Não somos justiceiros, somos pessoas da justiça. O primeiro processo ingressado aqui foi um processo de vingança pessoal que a gente engavetou porque não tinha materialidade e agora enquanto não chegar o inquérito a gente não tem nada para fazer, a gente tem que esperar”, finalizou.

Como já noticiado pelo GD, no mês passado os vereadores foram alvos da Operação Perfídia, da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT), suspeitos de comandarem um esquema de propina em cima de obras públicas no Contorno Leste.

Sargento Joelson teria firmado um acordo com a HB20 Construções, responsável pelas obras, para que o Legislativo autorizasse a Prefeitura de Cuiabá fizesse o repasse de valores "gordos" a empresa, em troca de propinas. Chico 2000, que era presidente da Casa à época, estava ciente e permitia o esquema.





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