Quarta-Feira, 17 de Outubro de 2018, 16h57
RETIRADA DE CISO
Dentista é condenada a prisão por morte de mulher que extraiu dente em VG
Profissional teve um 1 ano e quatro meses de prisão, que será cumprida em regime aberto
Da Redação
A dentista Cristiane Rossi Gentelin foi condenada a 1 ano e 4 meses de prisão pelo crime de homicídio culposo, após a morte da gerente de loja Jucilene de França, de 31 anos, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A decisão é do juiz Abel Balbino Guimarães, titular da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande, no dia 28 de setembro.
Conforme a decisão, a dentista não vai pagar danos materiais à família da vítima e vai cumprir a pena em regime aberto. Jucilene extraiu o siso no dia 4 de julho de 2015 no Centro Odontológico do Povo (COP), clínica particular que ficava em Várzea Grande.
Ela faleceu 4 dias depois na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. O laudo de necrópsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso apontou que a morte da gerente foi causada por choque séptico em consequência de uma grave infecção após a extração do dente.
O marido da vítima, Célio Leite Magalhães, afirmou ao juiz que Jucilene procurou a clínica no dia seguinte à cirurgia para retirada do siso. “Ela já amanheceu ruim e aí a gente foi de novo lá [na clínica]. Ela foi perguntar e eu continuei indo junto com ela. Falaram que era normal, que eles estavam seguindo todos os procedimentos. Ela ficou desesperada, pois já não conseguia mais falar”, afirmou o marido.
De acordo com o magistrado, a dentista deixou de receitar antibiótico, diante de quadro de dor que se apresentava, bem como ficou evidenciado que no dia seguinte após a extração do dente da vítima, ela retornou ao consultório em que Cristiane atendia para verificar se a dor que sentia era normal e, novamente, foi negligenciada, já que nada foi feito, inclusive, foi dito que tudo estava normal.
“Somente após três dias da extração do dente da vítima, quando ela retornou ao consultório odontológico novamente, pois sentia muita dor é que a ré receitou antibiótico, no entanto, o quadro infeccioso já estava instalado conforme exames médicos”, afirmou o juiz.
Para o magistrado, a dentista agiu de forma imperita e negligente sem obedecer a regra técnica da profissão odontológica, pois quando atendeu a vítima, mesmo que ela não se queixasse de dores no local, a exigência de exame e indicação de remédios é o que a jurisprudência médico/odontológica exige nessas circunstâncias mas, ao contrário, fez a extração do dente e deixou de receitar antibiótico, fazendo com que se agravasse naquela região bucal um quadro infeccioso, sucedido pelo acometimento da angina de Ludwig que ocasionou a morte da vítima.
Morte
Após a cirurgia, Jucilene passou a ter febre, sentia dores, estava inchada e tinha secreções. Um edema também surgiu no pescoço da paciente e então a família decidiu procurar a clínica no dia 6 de julho. Nessa data a família diz que foi ‘deixada de lado’ pela clínica, que supostamente orientou que Jucilene continuasse tomando os mesmos remédios.
O estado de saúde de Jucilene piorou e a família voltou para a clínica pela segunda vez, no dia 8 de julho. No mesmo dia Jucilene foi levada para um pronto-atendimento particular em Cuiabá e em seguida precisou ser internada na Santa Casa de Misericórdia, onde morreu por volta de 23 horas.
Família
Jucilene era casada há cinco anos com Célio Leite de Magalhães. A gerente deixou um filho de 16 anos e uma menina de apenas seis anos. O viúvo alega que a clínica agiu com descaso em relação à mulher dele.
Ele negou que Jucilene tenha agido com imprudência após a cirurgia e garante que a mulher fazia check-up médico com frequência, sem ter nenhum problema de saúde. “Foi negligência da clínica. Ela seguiu todas as orientações dos dentistas e tomou os remédios da forma correta”, afirmou.
Clínica
À época, o COP disse que a paciente passou por uma radiografia e extração simples, ‘transcorrendo tudo dentro da normalidade’. A clínica disse que Jucilene recebeu orientações sobre as condutas após a cirurgia e uma receita de medicamentos que deveriam ser tomados.
Capato | 19/10/2018 10:10:53
Então colegas! Vamos ter mais cuidado no preenchimento dos prontuários. TD que se diz ao paciente, orientações pós operatórias, prescrição, modo de usar, estado atual da moléstia, procedimentos realizados..... Tudo.....tudo deve ser registrado e assinado pelo paciente no dia . Assim a gente tem respaldo por um bom atendimento perante a justiça.
Fernanda | 19/10/2018 07:07:24
Houve um óbito, isso é um fato. Agora, sejam éticos e cautelosos ao julgarem o colega, pq não temos conhecimento de causa. Hoje, isso aconteceu com ela, amanhã pode ser com qualquer um de nós, mesmo tomando a medidas necessárias. Temos também um telhado de vidro, cuidado ao fazerem julgamento precipitado. Abraços a todos.
João Pedro | 18/10/2018 21:09:59
Gente, n fala merda nao. Antibiótico não é antisséptico, tem suas indicaçoes ou nao. Nao é pq vc fez uma cirurgia que há necessidade de antibiótico. A outra aà dando opiniao pq tomou atb quando extraiu os sisos afirma tb que "nem levou ponto" ou seja... Obviamente q o profissional q a atendeu ia entupi-la de remédios desnecessários pq nao fez um procedimento correto. A indicaçao de antibioticos em cirurgias de terceiros molares ainda que inclusos se restringe a casos remotos. O principal é a cirurgia ser realizada com a devida assepsia. Bochecho previo com clorexidina, antissepsia da pele da face, uso de campos estéreis, uso de LUVAS ESTÉREIS e nao aquela luva da caixa que vem com 50 que NÃO É ESTERIL, o MOTOR (caneta) que se usa pra cortar osso e dente tb deve ser ESTÉRIL e até hj so vi eu e uma ex professora minha que esteriliza a caneta. O resto passa álcool, como se isso matasse virus de hepatite C, por exemplo... enfim um monte de coisas que nao vejo em 99% dos casos mas que se fossem feitos nao necessitariam de uso de antibiótico. Até pq como eu disse antibiótico nao é antisséptico. Mas... Infelizmente poucos aceitam pagar um preço justo por uma cirurgia dessas que giraria em torno de 500 a 1000 reais cada siso. Preferem procurar clinicas populares onde pagam 100, 200 merreis pra fazer uma cirurgia óssea como essa e fazem "orçamento grátis". Se fosse uma cirurgia no fêmur dificilmente fariam por esse valor e com um cirurgião que não cobra consulta. Logo iam desconfiar. Mas na boca tudo pode. Ou pior... Vão até o inferno atrás de dentista que aceita a porcaria do "prano" que paga 50 reais em média pro profissional, o que não banca toda a estrutura para atendimento adequado como citei acima. Obviamente que serão atendidos pior do que cachorro mas o dentista vai ser muito simpatico e maneiro entao eles vão achar q estão sendo bem atendidos (pq esse é o nivel de capacidade de avaliar o profissional que eles têm) e ainda vao sair entupidos de remedios e achando que isso é o certo. Nao sei como foi o caso dessa paciente em questao mas do jeito q a odonto funciona no Brasil o que me surpreende é quão poucas pessoas morrem por causa dessas cirurgias. Pq do jeito q são feitas era de se esperar que morresse muito mais gente.
Nathália | 18/10/2018 21:09:20
Não se receita antibiótico em todas as cirurgias, isto é orientação dos livros. Não podemos expor o paciente à resistência ao antibiótico, se não há infecção, se não há quebra da cadeia asséptica ou problemas de saúde que exijam uma profilaxia antibiótica. Não é recomendado o antibiótico. As vezes nem o paciente sabe que tem alguma doença ou disfunção e não relata isso na anamnese. Mas não podemos negar que a dentista errou em não ter atendido e feito exame na paciente quando esta voltou passando mal. É possÃvel que seja uma clÃnica popular que só preocupa com o dinheiro do paciente e não com a saúde dele. 😒😔
Gabi | 18/10/2018 20:08:14
Nao sei o que foi pior, nao ter receitado o antibiotico que é quase obrigatorio apos a extraçao de um siso ou a paciente ter voltado la e nao ter recebido nenhuma assistencia. Profissional lixo, tomara que outros nao tenham o azar de ir se consultar com ela.
Paula | 18/10/2018 18:06:56
Mais triste ainda é ver colegas de profissão acusando a dentista ao invés de defendê-la ... triste é ver no q a odontologia se tornou ... e p piorar, quem deveria ir em defesa da colega, julga ... culpa .... sabemos q muitos pacientes não seguem corretamente as recomendações .... ninguém estava lá p saber ... a justiça muitas vezes é falha .... além de tudo, nao devemos julgar uma profissional q se encontra nessa situação difÃcil... se a nossa classe fosse mais unida não terÃamos chegado no ponto que chegamos
Larissa leal | 18/10/2018 17:05:31
Cadê o CRO? Aloooooooo CRO!!! Ah mais qdo a mensalidade atrasa do Cro eles ligam , manda e-mail , tem multa e tudo mais ... Isso aconteceu na clinica COOP que trocaram de nome que hj o nome é RIDENT ?
Paiva | 18/10/2018 17:05:06
Até onde eu sei,o antibiótico é receitado assim que é feito o procedimento,tirei os meus recentemente e a dentista disse que era pra eu tomar essas medicações nos horários certinhos,assim eu fiz,olhe que nem pontos eu levei,a cicatrização foi ótima,mas tomei antibiótico desde o primeiro dia,talvez esse aà foi o erro,não ter passado o antibiótico pq e comum infecção após tirar os sisos,não e uma cirurgia tão simples
LetÃcia | 18/10/2018 16:04:49
Primeiro: o juiz não disse que foi receitado o antibiótico para dor e sim para tratar de um possÃvel quadro infeccioso (aprendam a ler antes de sair falando qualquer coisa). E isso não significa que só pq ela ia ao médico com frequência que o antibiótico não deveria ser prescrito. Faça um procedimento cirúrgico em um hospital ou uma emergência e vê se não vai ser passado antibiótico! RISCO existem sim, mas remédios devem ser prescritos para que eles sejam evitados. Era óbvio que a paciente não iria sentir dor ao sair da clÃnica ate pq ela estava anestesiada. Não é a toa q a paciente não conseguia nem falar depois de ter passado o efeito do anestésico. Com certeza vcs que estão achando errado a culpa ser do CD também não receitam antibióticos após um procedimento cirúrgico.
LetÃcia Santos | 18/10/2018 16:04:42
Primeiro: o juiz não disse que foi receitado o antibiótico para dor e sim para tratar de um possÃvel quadro infeccioso (aprendam a ler antes de sair falando qualquer coisa). E isso não significa que só pq ela ia ao médico com frequência que o antibiótico não deveria ser prescrito. Faça um procedimento cirúrgico em um hospital ou uma emergência e vê se não vai ser passado antibiótico! RISCO existem sim, mas remédios devem ser prescritos para que eles sejam evitados. Era óbvio que a paciente não iria sentir dor ao sair da clÃnica ate pq ela estava anestesiada. Não é a toa q a paciente não conseguia nem falar depois de ter passado o efeito do anestésico. Com certeza vcs que estão achando errado a culpa ser do CD também não receitam antibióticos após um procedimento cirúrgico.
LetÃcia Santos | 18/10/2018 16:04:06
Primeiro: o juiz não disse que foi receitado o antibiótico para dor e sim para tratar de um possÃvel quadro infeccioso (aprendam a ler antes de sair falando qualquer coisa). E isso não significa que só pq ela ia ao médico com frequência que o antibiótico não deveria ser prescrito. Faça um procedimento cirúrgico em um hospital ou uma emergência e vê se não vai ser passado antibiótico! RISCO existem sim, mas remédios devem ser prescritos para que eles sejam evitados. Era óbvio que a paciente não iria sentir dor ao sair da clÃnica ate pq ela estava anestesiada. Não é a toa q a paciente não conseguia nem falar depois de ter passado o efeito do anestésico. Com certeza vcs que estão achando errado a culpa ser do CD também não receitam antibióticos após um procedimento cirúrgico.
Gleicy | 18/10/2018 16:04:04
Que tipo de profissionais estão sendo formados, heim! A saúde não é exata, mas o profissional deve ter compromisso com o seu paciente. Dentista com ortografia ruim nos comentários: em cima escrito junto e presa com z.
Mario | 18/10/2018 13:01:15
Ciso com c é bravo Heim.... reportagem ruim, mal escrita.... é SISO!
Kepler ayres Vieira | 18/10/2018 12:12:30
Nos dentistas somos responsáveis por tudo neh , todo mundo quer processar etc . Paciente não toma remédio nas horas certas , não fica de repouso direito , não segue o pôs operatório , mas ae tudo vem encima de nós . A saúde não é uma área exata e tudo pode acontecer , agora ficar preza , pelo amor de Deus , q animo eu tenho de ir trabalhar viu
Gleice kelly | 18/10/2018 12:12:30
Existem complicações em qualquer area de saúde vá fazer uma cirurgia de emergência em qualquer hospital e veja se existe a possibilidade de complicações... Jair Bolsonaro é um exemplo disso foi atendido na emergência e teve que ser reaberto. A dentista não falhou e incidentes podem ocorrer sim.
Cristina Costa | 18/10/2018 12:12:16
Primeiro: o juiz diz nas suas alegações que não foi passado o antibiótico para as dores que a paciente dizia estar sentindo. Até onde eu sei dor é tratado com analgésico. Depois, era necessário o exame clÃnico e pelo relato ido não ocorreu.
VinÃcius | 18/10/2018 09:09:49
Na matéria diz que ela fazia acompanhamento médico regular e não apresentava nenhum problema de saúde, então a prescrição de antibiótico não seria obrigatória, visto que existem indicações especÃficas pra tal procedimento. A negligência aconteceu quando a paciente voltou e foi dito que era normal o quadro apresentado.
Silva | 18/10/2018 07:07:25
Qualquer procedimento tem risco!! Porem a gnt pode acertar 10 mil x, mas um erro o profissional paga feio ne. MEDICO faz o que faz n acontece nada, bandido mata e logo esta livre, as clinicas nunca se responsabiliza é uma merda umas leis dessas.
Marilene | 18/10/2018 06:06:00
Grande punição !!! Sempre quem perde é quem morre.Brasil terra sem lei!!!
rose Mary Lopes gomes | 17/10/2018 22:10:28
Acho que a punição aa dentista foi muito insignificante em relação a gravidade do caso. Um absurdo as leis nesse paÃs . Como o CRO age diante de tal fato?
Costa | 17/10/2018 21:09:24
Gde merda essa pena. Menina morreu uma familia destriuda. Agora a carniceira da dentista fica de boa. Uma merda essa justica. Garanto que o cro tbem não fez porra nenhuma. Ou seja quem se lascou foi quem morreu.
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