Terça-Feira, 10 de Maio de 2022, 19h00
EASY MONEY
Justiça desbloqueia carro em ação que apura "pirâmide" em MT
Compradora alega que adquiriu automóvel antes da deflagração da operação
DIEGO FREDERICI
Da Redação
A 7ª Vara Criminal de Cuiabá desbloqueou um Nissan Versa que pertencia a Danilo Cerqueira dos Santos, proprietário da Skyline Investimentos, e que foi vendido a uma mulher no ano de 2021. Ele é um dos réus de um processo que tramita em segredo de justiça, derivado da operação “Easy Money”, que revelou um suposto esquema de pirâmide baseado em Mato Grosso que fez vítimas em todo o país.
De acordo com informações do processo, o veículo ainda estava no nome de Danilo Cerqueira dos Santos, e foi adquirido de uma revendedora de carros (Box 1). O bem havia sido bloqueado no ano de 2021, mas em data anterior à deflagração da operação “Easy Money”.
A compradora do Nissan Versa comprovou nos autos que na data do negócio (12 de junho do ano passado) nenhuma ordem de restrição pesava contra o automóvel. “Comprovando as alegações, a peticionante trouxe extrato de consulta do sistema Renajud, demonstrando que a restrição foi realizada em 09/08/2021, o contrato de consignação de veículo, bem como o CRV Certificado de Registro de Veículo, devidamente preenchida a autorização de transferência para a embargante. Dessa forma, comprovado que adquiriu o bem antes da realização do bloqueio, demonstrando a sua boafé”, diz trecho da decisão do juiz.
A Skyline Investimentos foi apontada na denúncia como responsável pela lavagem de dinheiro da pirâmide. Ela possui sede em Osasco (SP), com filiais em Juiz de Fora (MG) e Salvador (BA).
OPERAÇÃO EASY MONEY
A juíza da 7ª Vara Criminal do TJMT, Ana Cristina Silva Mendes, aceitou uma denúncia, no mês de setembro de 2021, contra 10 pessoas que fariam parte de uma organização criminosa que estaria por trás de uma pirâmide financeira. Mateus Pedro Ceccato, presidente da King Prime – organização que prometia lucro mensal de 33,9% em investimentos -, chegou a ser preso em Rondonópolis (216 KM de Cuiabá), mas já se encontra fora da prisão.
Além de Mateus Pedro Ceccato, a justiça estadual também aceitou a denúncia contra sua esposa, Príscilla Dhane Pereira de Oliveira, também chamada de “Primeira Dama”, e que sempre estava “ao lado de Mateus nas publicidades, anúncios, lives e demais vídeos, para captação de vítimas”. Agnaldo Bergamim de Jesus, proprietário da Bentley Investimentos, também apontado como líder, e que teria uma “carta fiança” falsa, apresentada em propagandas para “garantir” os recursos investidos, também virou réu na ação.
A lista de réus é completada por Vanessa Fernandes Dutra, esposa de Agnaldo Bergamim, e “diretora financeira” da organização criminosa, Renato Evangelista dos Santos, Aline Lima Malta Evangelista e Vinicius da Silva Siqueira – estes três últimos, responsáveis por “captar os clientes em massa, por meio de vídeos em plataformas como Youtube e Facebook” -, Eduardo Alves Lopes, que atuava no aporte de “elevadas quantias” em dinheiro para a organização, além de Danilo Cerqueira dos Santos, que “lavava” e "distribuía" o dinheiro ao grupo, proprietário da Skyline Investimentos.
O rol dos denunciados é finalizado pelo policial militar Éder de Melo Gonçalves, morador de Cascavel (PR), o “Amigão Eder King”, apontado como o "braço direito” de Mateus Pedro Ceccato. O grupo responderá por constituir organização criminosa, crimes contra a economia popular e lavagem de dinheiro.
Os réus que tinham sido presos já foram soltos pelo Poder Judiciário Estadual, com a determinação de cumprimento de outras medidas cautelares. O casal Agnaldo Bergamin de Jesus e Vanessa Fernandes Dutra, que estava foragidos, foi preso em fevereiro de 2022 em Campo Grande (MS).
O esquema de pirâmide revelado pelo Gaeco reuniu 40 mil pessoas e movimentou R$ 39 milhões.
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